“We are like roses that have never bothered to bloom when we should have bloomed and it is as if the sun has become disgusted with waiting”.

20
Ago 15

Não é que eu quisesse escrever porque há muito perdi essa vontade mas vou embora e queria dar uma espécie de fecho neste caderno.

 A minha vida mudou muito desde a última vez que aqui escrevi, fui operada, acabei com o russo, vou casar com um baterista, ocultista americano, fui a Paris, detestei andar de avião, o meu cabelo cresceu mais, sexta-feira vou buscar o vestido vermelho de dama-de-honor que mandei cortar para o comprimento que sempre deveria ter tido. O meu aniversário está quase aí, continuei a trabalhar no hotel e entre dores de costas e peripécias lá me rendeu uns cêntimos para poder ter tratado de toda a papelada do visto, de um vestido para o dia 31 de outubro que espero estar disponível para marcar o enlace e para os sapatos tipo anos vinte que sempre quis. Ainda não sei se leve o cabelo preso ou solto mas provavelmente irá preso para deixar à mostra a renda branca, sim só a gola, todo o resto é negro como seria de esperar.

Estava a pensar em começar esta última página pelo facto de nunca ter tido muita sorte com as amizades, ou eu deixo de aparecer ou são eles que são estabalhoados e faltam ao prometido. Hoje era suposto ter um último encontro antes da viagem, com as minhas amigas dos tempos do curso de TPI mas à semelhança do ano passado, desculpa de útima hora e não podem aparecer e combinam uma remarcação a que eu não acedi porque não gosto de segundas opções e, assim, o destino me faz esta inesperada visita que me recordou como as amizades sempre foram atribuladas, principalmente com as raparigas, os meus melhores amigos têm sido homens e ficam na sua e só aparecem quando devem aparecer e isso é bom.

O Cavaleiro-das-terras brancas ligou-me depois de meses sem conversarmos, a última vez teve-me aos prantos no telemóvel a dizer quão horrível eu era por ter feito o que estava a fazer. Todavia, como cavaleiro que é, perdoou e uma ou duas vezes por ano liga-me e trata-me como se nunca tivéssemos tomado rumos diferentes. Não tive coragem de lhe dizer que vou casar, quando me perguntou se havia algo de novo eu lembrei-me do que ele disse “não fiques assim, eu já esperava, mas o futuro é uma incógnita, logo que não cases, há sempre esperança” e sorrimos.

Disse-lhe que escreveria mas não sei se o farei daqui, se calhar quando já estiver lá... contar-lhe-ei tudo, somos amigos mas fomos amantes e tenho-lhe um afecto especial.

No dia 28 de Agosto vou poder estar presente num concerto dos WovenHand com a Chelsea Wolfe, ela não me interessa muito, apesar do hype mas o grande e intenso Eugene Edwards será um privilégio, é o meu presente de aniversário por parte do Homem por quem me apaixonei.

Estou com medo, ansiedade desmedida e incerteza do que está por vir, pela viagem e pelas saudades dos meus gatos, dos meus pais e dos meus irmãos mas o que tem de ser, tem de ser.

E assim será, deseja-me sorte Supremo.

 

Um beijo desta, que aqui sempre te confidenciou a alma e que, quem sabe, um dia o voltará a fazer.

 

Até sempre!

publicado por Ligeia Noire às 18:43
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29
Jun 15

 

Haja o que houver
eu estou aqui
Haja o que houver
espero por ti
Volta no vento
Ó meu amor
Volta depressa
por favor
Há quanto tempo
já esqueci
Porque fiquei
Longe de ti
Cada momento
é pior
Volta no vento
Por Favor

Eu sei, eu sei
Quem és p´ra mim
Haja o que houver
espero por ti.

publicado por Ligeia Noire às 15:11
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01
Mar 15

 

Já há algum tempo que ouvia falar do senhor Devin Townsend: capa da loud, fóruns de metal, colaborações com artistas de que gosto mas só há uns dias tive o prazer de lhe ouvir a música e que música...

Agora percebo todo o hype à volta dele. Comecei com o Epicloud porque a minha Dido holandesa colabora com ele e devo dizer que não consigo parar de ouvir. Encontrei pelo youtube o dvd do The Retinal Circus baseado nesse mesmo Epicloud e só aquela abertura com coros gospel me colou ao tecto, devo dizer que ali aparece um pouco de tudo... O mais incrível é que este homem criativo, com centelha de genialidade, hiperactivo, que toca tudo e canta até, tem uma coisa muito especial que às vezes falta a estes artistas progressivos e grandiosos, sabe compor canções que sãos rios, estás a ver? Ele compõe oceanos e mares mas também sabe abrir caminhos para rios e lagos, exemplo da divine, mas que tema tão íntimo, tão bonito e tão delicado.

Gosto disso, dessa escala de tamanhos a que ele sabe obedecer mas, meu Deus! Senhor Supremo! Este homem tem uma carreira de décadas, projectos, bandas, solos, colaborações, tenho um mundo para descobrir... no entanto, há espaço para te contar isto.

Tenho muitas coisas na minha cabeça, muitas coisas que só se aquietam com música e, ultimamente, andava ouvindo álbuns antigos dos Nightwish porque ah e tal tenho saudades dessa voz meio-soprano da Tarja e dessa honestidade que falta agora ao Tuomas mas eis que tive de sair para ir aos correios e coloquei um álbum que adquiri há uns dias, o já citado Epicloud. Os dias têm sido de chuva mas ontem o sol raiou, uma semana de chuva que foi entrecortada pelo dia amistoso de ontem. Lá ia eu estrada fora com os auscultadores, salvadores de vidas, nos ouvidos quando enceta o tema de abertura "Effervescent" com os tais coros gospel a abrirem caminho para a canção "True North" cantada pela maravilhosa Anneke Van Giersbergen, já aqui escrevi que ela é dona de uma das vozes mais ricas e cristalinas de sempre, uma meio-soprano de personalidade maravilhosa que agradeço aos céus ter conhecido, ela deixa a voz, como correnteza de rio em dia de Verão numa floresta escocesa, abrir caminho com o "I love you, I love you. I need you, I have always been around you..." e eu fico sem reacção por segundos...

E olho para o azul do céu e sorrio e depois sorrio de forma mais marcada e depois já rio e rio muito e rolam lágrimas volumosas pelas bochechas... os carros passam e o meu cabelo esvoaça e brilha ao sol que lhe seca a água de horas anteriores e eu paro e sinto a leveza das folhas e leve e tão leve e meu Deus tão apaixonada, tão protegida. Foi uma epifania ali.

Cedi às minhas emoções e toda a minha racionalidade foi abarcada e adormecida, aquele turbilhão de instrumentos misteriosamente harmonicos, a voz dela e as palavras tão simples, foda-se senti-me feliz.

 

Nada é perfeito, longe disso, continuo com problemas e mais problemas mas foda-se senti-me feliz ali e apartada do mundo. Obrigada Devin Townsend, se percebesses português haveria de querer que lesses isto, como não percebes também não to vou traduzir.

 

Divine


Loving you is the best thing and the worst thing in my life.
Loving you is entire.
And loving you is the one thing that I need right now...

Center the morning light where the world's so bright and high.
Where even the gods outside can wait a moment guy...

And loving you is entire.

Loving you is the best thing and the worst thing in my life.
Loving you is entire.
Loving you in the morning is a warning...

Say we will wallow away in a world so mild and high.
Stay till the morning and that world might just get by...

'Cause loving you is divine!

If only the morning would come and the world would be old and wise!
Love in the morning with this halo all one size.
'Cause even the gods outside can wait a moment guy...

Loving you is divine!

 

Lyrics by Devin Townsed

 

publicado por Ligeia Noire às 00:34
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04
Fev 15

 Desde que, há uns anos, cheguei ao episódio catorze da segunda temporada do Twin Peaks e aquilo empacou e não encontrei um que não empancasse, desisti de ver. Quando finalmente consegui um episódio incólume, já me tinha esquecido do que tinha visto antes e já estava fora daquela ambiência. O que significa que o Fire Walk With Me vai ter de esperar.

 Entretanto, voltei à trilogia japonesa do Guilty of Romance, um filme de três horas que ainda está à espera de ser acabado. Uma verdadeira subversão da moralidade religiosa e social. Depois, ando a ver um filme do senhor Chabrol, ando... ando porque é mais um que deixei a meio por falta de concentração.

Como descobri este gajo? Porque gostei, assaz muito, de uma entrevista que li num jornal português qualquer. Tanto gostei da atitude e maturidade dele que fui procurar por um filme para me iniciar mas não sei se o filme não me estará a dar um secão do caralho, e calma aí que sou grande admiradora do cinema francês mas, se calhar, é uma lição... lá porque ele é interessante não quer dizer que faça coisas que te agradem.

Ideias e feitos são coisas diferentes.

É como o Dani Filth, A Cristina Sccabia ou o gajo dos Watain, eloquentes, sarcásticos, cultos e inteligentes, que dá gosto ouvir mas que fazem música que não me agrada.

E lá deveria eu estar calada....

Acabei por finalmente me concentrar e voltar ao tal filme do Chabrol: La Demoiselle D’honneur e que tola fui, é preciso ter paciência e saber alcançar cada detalhe e que filmaço! Que golpe de mestre hã? Tenho de procurar mais, mais dele e mais do Rollin.

O Rollin da pornografia e dos vampiros que dava outra página por aqui mas que não sei por onde começar, só sei que quero visitar o cemitério do La rose de fer, que me emociona a forma como enquadra as mulheres, enquadra-as como retratos e veste-as como sílfides.

Entretanto, ouço Draconian.

Magnífica discografia de um dos últimos redutos do metal de inspirações góticas ou do Doom, consoante o preconceito do ouvinte.

O meu encontro com estes Suecos fez-se através da Loud, aquando da critica ao Turning Seasons Within, fiquei entusiasmada para o ouvir porque gosto de metal pesado, arrastado, viúvo, elegante de rendas funéreas e sentimentos funestos mas ou me aparecem bandas de letras insípidas e vozes sem chavo de personalidade ou então mais do mesmo. Lembro-me de não ter ficado com travo amargo depois de o ouvir mas também nunca mais lhe peguei.

Sucede que, no último ano, andei com ele sempre no leitor de discos e decidi-me a desbravar o resto da discografia. Entretanto a Lisa Johansson cansou-se de palcos e tournées e quis ter uma vida mais regular, acho que a nova vocalista é sul africana e se chama Heike e é mais ligada a estas coisas do som pesado e do oculto. O que não quer dizer que seja oiro sobre azul. Às vezes, as melhores combinações são as mais inusitadas, veja-se o caso da Lírica Tarja e dos Metaleiros Nightwish. Abrindo aqui uma nota para dizer que, como qualquer apreciador do género, estou ansiosa por este Endless Forms Most Beautiful, inspirado, não pelas melancolias da alma marina do Tuomas, mas por Carl Sagan, Whitman e o Dawkins.

Apesar de nunca ter apreciado muito a Floor Jansen, concordo que foi a melhor escolha. Mas voltando aos Draconian, são mais uma daquelas gotas no oceano de que já não se sente o gosto nos dias de hoje, ou então estão bem escondidas nessas Atlântidas, à espera de um virar de esquina sortudo.

 

Post Scriptum: Cruzei-me por aí com um vestido de renda negra, rodado e de colarinho branco também rendado e pensei: ora aqui está um belo vestido de noiva, espero que me chegue às mãos depressa para o tocar, para, em cima, lhe demorar o olhar e para o guardar até chegar a hora.

Reparo agora que não sei ainda como me referir ao escolhido, não há nome que lhe sirva... que chatice, apenas para dizer que encontrou uma nova banda e que gosta muito e eu gosto muito também, gosto que ele esteja feliz.

Gostava de ser rica para o tirar daquele emprego desértico de inspiração mas não sou... Continua nos caminhos do mago inglês e a praticar os rituais que o conselheiro lhe indica, para que suba a um lugar que eu não sei. Coisas misteriosas, este meu gato cor-de-laranja faz...

Ontem escreveu este poema e eu, hoje, escrevo-o aqui:

 

Whilst the black beast hangs
The dark stars moan.
And antimatter sheds its light
into the heart of darkness.
Why so glum, sir?
Eat the dense cake which sits
untouched
in your heart of hearts.
Grab the mass
Feel it throb through your heartbeat.
Who is moving?  You, it, us?
The Earth spins unbidden
Uncaring but,
Unnecessary to us is
The heaviness it conceals and feels
What really matters is
that we stay stuck
in the gravity trough.
Like the pigs we all are,
striving to be angels,
As our base
struggles desparately to separate
From our head.

 

By/de C.S.

publicado por Ligeia Noire às 10:22

03
Jan 15

Ante Scriptum: Um novo ano passado com dores de dentes na cama até de madrugada e a levantar cedo para trabalhar no dia primeiro, um começo muito gótico diria.

Mas como as coisas estão boas e calmas e eu estou madurinha e doce e risonha, celebremos o começo do novo ano com uma canção bem alegre e festiva. 

Ali junto junto dos velhos Anathema, Lacrimas Profundere, eternos My Dying Bride, os Suecos Draconian figuram no panteão de bandas que sabem enlaçar toda a tonalidade metaleira num universo profundamente gótico.

 

Death, Come Near Me

 

By day I sleep, at night I weep!

O Death, come near me!
Be the one, for me, be the one, the one, who stays.
My rivers, are frozen, and mischosen,
and the shadows, around me, sickens my heart.

O Death, come near me,
and stay, by my side. Hear my silent, my silent cry!
In sadness, I'm veiled, to the cross, I am nailed,
and the pain, around me, freezes my world.

My cold world...

In life, I've failed, for years, I've wailed.
Frozen in time...
left behind...
The rapture, of grief, is all, to find...
The rapture, of grief, is all!

Behind the shadow of life, the lost hopes are grieving.
I seek the night, and hope to find love.
So I drown in the silence of life's short eternity.
The tears fills the void in my heart, astray...

Embrace me now, delightful ease!
Give me a world of wondrous peace!

Calm the desperate scream in my heart!

O Death, come near me,
save me...
from this empty, cold, world!
O Life, you have killed me,
so spare me, from, this cauldron, of misery!

In life, I cry, away, I fly.
Chosen, to fall, within, these walls.
The rapture, of grief, is all, to find...
The rapture, of grief, is all!

Oh, shed a tear for the loss, of innocence,
for the forsaken spirits who aches... in us.
Cry for the heart who surrenders to pain,
for the solitude of those, left, behind!

Behold the pain and sorrow of the world,
dream of a place away from this nightmare.
Give us love and unity, under the heart of night.
O Death, come near us, and give us life!

 

Lyrics by Draconian/Letra da autoria dos Draconian 

publicado por Ligeia Noire às 15:45
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23
Dez 14

 

To mine eyes thou art
as unto the sun.
most beautiful of all
is to me thine light.
in the desert blooms a rose.
such as thou, flower which
abideth in my tent.
and while about us blows a
hurricane of wordly winds.
like unto the fury of the gods.
as we lay unto each other
we heareth not.
thy breath is like
unto the cedars of lebanon
thy gaze is but the
moon in mine heart.
the perfume of thy body
is like unto the pools
of the northern lands.
full of salt and life.
I am yours
my goddess.
unto you I build my
circle.
Unto you I offer my gold and
my chests.
Thou art all I hath dreamed.
and unto you is all glory.
nether shall my bones go.
nether shall my thoughts disperse.
but always unto you my love,
blooming in the barren sand
of the world.
always unto you
my rose of the desert.

 

By C.S.

 

Flores e letras me ofertas, o escolhido, o anjo caído, o meu mago, filho da lua dedicou-me este poema e aqui o pouso, por entre aromas invernais e escuridões alumiadas pela lua amante e branca, sou eu e tu e somos nós que aqui estamos e esperamos pela lua primeira. Meu feiticeiro guarda-te da invernia dessas montanhas inescrutáveis no meu regaço. Desentraçarei os cabelos e os laços e serei tua fortaleza porque está quase, uma eternidade antes me esperou, uma eternidade depois me esperará.

publicado por Ligeia Noire às 14:00
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11
Dez 14

Ante Scriptum: Tocarem ao vivo, pela primeira vez, uma das suas melhores canções merece uma celebração, um brinde com vinho tinto em honra de Suas Majestades Infernais.

 

Confusion writhes around our hearts impatiently
It drains the faith that lights the dark and sets us free
From the chains of our war and the pain we once called love
The poison of doubt enslaves our minds and we bleed
We abandon the trust that kept us blind and disappear
Under the crimson wings of hate where the lost are safe
Until they love again.
 
The heart of darkness is hope of finding you there
And that hope will be our love's requiem
We pray to the serpent of delight desperately
The questions are answered and we try not to weep
Until we are sure we're suffering for love
In the dungeon of our dreams we're so weak
The promise made to be broken still haunts our sleep
We won't open our eyes afraid we would die for love again

The heart of darkness is hope of finding you there
And that hope will be our love's requiem
The salvation we seek will be waiting us there
In the heart of darkness lonely and scared
With a promise of death for our love
And now that we're free from the chains of our dear love
I'm lost, so lost

The heart of darkness is hope of finding you there
And that hope will be our love's requiem
Take me into your arms and sing me your beautiful song
Hold me until we're one and sing me you're beautiful song

The heart of darkness is hope of finding you there
And that hope will be our love's requiem
 
Take me into your arms and sing me your beautiful song
Hold me until we're one and sing me you're beautiful song...
 
publicado por Ligeia Noire às 10:35
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10
Dez 14

I went looking for trouble
And boy
I found her...

She's in love with herself.
She likes the dark
On her milk white neck.
The Devil's mark.

It's all Hallows Eve.
The moon is full.
Will she trick or treat?
I bet she will.

She will.

Happy Halloween.

She's got a date at midnight
With Nosferatu.
Oh baby, Lilly Munster.
Ain't got nothing on you.

Well, when I called her evil
She just laughed.
And cast that spell on me.
Boo Bitch Craft.

Yeah you wanna go out
'cause it's raining and blowing.
You can't go out
'cause your roots are showing.

Dye 'em black.
Dye 'em black.

Black black black black No. 1
Black black black black No. 1.

Little wolf skin boots
And clove cigarettes.
An erotic funeral
For which she's dressed.

Her perfume smells like
Burning leaves.
Everyday is Halloween.

Yeah you wanna go out
'cause it's raining and blowing.
You can't go out
'cause your roots are showing.

Dye 'em black.
Dye 'em black.

Black black black black No. 1
She dyes'em black
Black black black black No. 1
Black No. 1.

Loving you
Loving you,
Love loving you
Was like loving the dead.

Loving you
Loving you,
Love loving you
Was like loving the dead.

Loving you
Was like loving the dead,
Loving you
Was like loving the dead.

Loving you
Was like loving the dead,
Was like loving the dead
Was like loving the dead.

Was like loving the dead
Was like loving the dead.

Loving you
Loving you,
Love loving you
Was like loving the dead.

Was like fucking the dead.

Loving you
Was like loving the dead,
Loving you
Was like loving the dead.

Loving
Was
Was

Loving you
Loving you
Loving you,
Loving you
Loving you
Loving you
Was like loving the dead.

Was like loving the dead
Was like loving the dead.

Black black black black No. 1
She dyes'em
Black black black black No. 1
Black No. 1.

Black black black black No. 1
Black black black black No. 1.

 

Type O Negative

publicado por Ligeia Noire às 15:43
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01
Nov 14

 

Ligeia sou eu e ela.

 

Edgar Allan Poe, não é novidade alguma que é um dos meus escritores preferidos, logo, qualquer filme inspirado nalgum dos seus escritos me passa pelas vistas. Então quando me veio parar às mãos o The Tomb a.k.a. Edgar Allan Poe’s Ligeia salivei só de pensar na noite que se avizinhava, isto em 2009, Ligeia é a minha estória preferida de Poe e de todos. O filme não é grande coisa, cheio de lugares comuns, interpretações desinspiradas e um argumento cheio de frases feitas e que se perde pelo caminho mas mas mas e mas porque há sempre um mas, obcequei-me pelo filme… sabes quando há algo no qual vês potencial e então devotas-lhe condescendência e ficas ali a ver tudo o que poderia ter sido?

Claro que o filme é apenas levemente inspirado no conto, assim como já o do Roger Corman em 1964 o tinha sido mas a premissa era boa, os protagonistas eram carismáticos mas faltava um argumento de jeito, conhecimento de causa e calo. Existiam cenários brilhantes, uma bailarina russa que em tudo encarnava a nossa bela sirena, testa alta, esbelta, a leveza e o andamento sorrateiro de um gato que o ballet lhe forneceu ao corpo, cabelos longos e fartos, não negros, não de azeviche mas belos.

Cheguei ao contacto com a actriz por estar muito indignada com o facto de terem referido no filme que Ligeia era um nome de origem russa, quando é grega a sua proveniência e ela respondeu. Respondeu dizendo que sabia mas que não podia fazer nada.

A estória revolve em torno de um professor universitário que nas suas várias palestras sobre o ocultismo repara numa mulher que está sempre presente. Essa mulher é uma estudante de nome Ligeia que viu a sua mãe morrer há muitos anos e no seu leito de morte, esta passou-lhe o desejo de descobrir a cura para a morte através do aprisionamento de almas humanas.

Ligeia estuda religião e misticismo e procura incessantemente por resolver o que falha quando tenta sugar as almas do último suspiro das suas presas. A história não tem nada que ver com a do Poe mas nem tem de ter, apenas lamento ter caído no bacoco triângulo amoroso, na femme fatale e num final previsível e enfadonho. Com um protagonista aborrecido e com olhar sedado durante todo o filme e um argumento que se perde a si mesmo, não há muito o que fazer. Talvez apenas o momento em que ele visita Ligeia e bebem absinto juntos… talvez aí se tenham salvado uns dois cêntimos do tesouro.

Ouvi dizer que o filme era do mesmo realizador do do corvo mas não tem de perto nem de longe o mesmo misticismo e olha que o corvo tinha um argumento e premissas bem simplistas mas lá deu frutos.

 

Julho, 2014

 

 

Da Finlândia ao Mundo

 

A primeira vez que venho aqui escrever depois de tanto tempo, não me apeteceu dizer nada porque nada havia para ser dito.

No entanto, andava por aqui um certo incómodo, uma necessidade de beijar e modelar palavras. O que me fez pensar no quanto da minha escrita é necessidade…

Mas para lá com as indagações, dói-me a cabeça e, apesar de ter andado a ouvir coisas tão díspares por estes dias e semanas, o que toca agora e desde ontem é o Colours in the dark da Tarja.

Não me sai da cabeça aquela imagem aquando da 500 letters, precisamente na parte em que ela canta: “Why do you want to hurt me?”. Quando bate com o salto umas três vezes no chão.

A Finlândia faz parte dos meus amores de sempre e para sempre.

Não sei bem se começou com os H.I.M., talvez tivesse começado antes mas sei que, ao contrário da Rússia, foi a música que a trouxe até mim e não havia nada para não gostar.

Desde os abetos, das bétulas, do sol-da-meia-noite, da neve ao épico Calévala, a toda a correnteza de música divina que lá nasce, que lhes corre nas veias.

Não há apreciador de metal que não respeite e namore o mistério da terra dos mil lagos.

Tentei aprender Suómi, língua de casos, e como tanta coisa, ficou por aí num caderno vermelho à espera que volte a nascer em mim a paciência, a disciplina e o tempo.

Acima de tudo, há um fascínio assombroso pelo longínquo, pelo frio, pela neve, pelo raro e pelo misterioso.

É romantismo sim, o mesmo fascínio que os povos sul-americanos, africanos, os chineses ofereciam aos olhos dos românticos do século dezoito, o exótico.

Não é que seja pelos músicos mas porque eles são, para além de música, formas de compreender o país e de saber mais sobre ele.

Mas depois percebo o apelo da decadência francesa e das suas catedrais góticas, da misantropia norueguesa, do cinema sueco, da batcave inglesa, dos celtas e do folclore escocês, da rebeldia irlandesa, ai e o cinema, o cinema sim. A Irlanda talvez se tivesse despertado em mim depois de todo o aborrecimento nas aulas de literatura, mais tarde fui procurar tudo o que faltava, porque o que sabia eu na realidade?

O IRA, o Oscar Wilde, o Stoker?

Depois, veio o teatro, as batatas, a fome, a metáfora do mar, os rituais e a música e que música…

Curiosamente, depois de começar a namorar com o Cavaleiro-das-terras-brancas é que comecei o meu apaziguamento com os Estados Unidos da América…

O paradoxo!

Eu era daquelas que dizia não ter nenhuma vontade de provar, conhecer, ou de saber a terra, o ar, os bichos de tão arrogante e sufocadora nação. E foi preciso um russo para me apaziguar com os yankees.

Havia desprezo e ignorância em mim, a mesma ignorância que me levou a insultar o Camões, até estudar o Renascimento, o Petrarca e o Sá de Miranda.

Somos tão mesquinhos na nossa ignorância.

Talvez literatura e línguas tenha sido a área certa, gostava de ter tido mais sal no sangue para me ter dedicado a sério.

Eu vejo, admiro, degluto os aromas, as letras, a poesia, os quadros, a música, a História, o folclore, a mitologia mas depois não sei.

Tentei aprender francês sozinha mas depois tinha de trabalhar, de fazer camas e carregar sacos, de varrer e estender roupa e depois havia a saúde que me preocupava e fui-me esquecendo e tudo ficou arrumado como cartas de amantes em caixas de madeira.

 

Julho, 2014

 

 

Masonic Youth: “O Caos é uma ordem por decifrar”

 

Ouvindo o novo dos Wovenhand e pensado quão maravilhosa será esta edição do Amplifest, com os intemporais Swans, que vou começar a desbravar, a deliciosa Pharmakon, que anseia por calor num mundo maquinal de que ela se serve, e o celestial Eugene na sua roupagem Wovenhand. Soube que já andava p’ra aí um álbum novo e eu que ainda não absorvi o último... Todo o brilhantismo da mistura da folk americana das montanhas, do post punk inglês com aquele toque ritualístico e até psicadélico que só se encontra ali e ali somente.

Quero um dia poder falar da obra de arte que é o filme de Jim Jarmush, Only Lovers Left Alive, ele disse que éramos nós ali, escarrapachados e somo-lo e somo-lo tanto que assusta.

Leio o Homem Duplicado de Saramago e penso.

Como cresceram e me desiludiram a maior parte dos amigos muito amigos, como não tenho amigos agora que queira e como me sinto segura e crescida com olhos que me protegem.

Sempre soube que todos os que não mereciam ou mereciam mas eu não o considerei, conseguiriam um lugar ao sol e eu seria a indigente do costume. Não venho reformular nada, apenas confirmar o seu caminho em direcção à terra prometida e com ares de escolhidos pelo altíssimo, qual Israel em dia de Julgamento Final.

Comprei um vestido de renda, negritude e flores, pareço eu em gomos irascíveis de Primavera, é para ele, para o reencontro depois de séculos de desencontros e ocupação em prazeres mundanos.

 

Julho, 2014

 

 

I’m your little scarlet, Starlet.

Singing in the garden, kiss me on my open mouth.

 

O Cavaleiro-das-Terras-Brancas ligou-me ontem.

Passaram-se meses e meses e continua enamorado, leal, doce, músico suave.

Disse-me um poema, confesso que não sei de quem ou que dizia, estava tão surpresa que as palavras eram apenas sons. Fiz mais uma vez anos e, de todos, ele foi o que mais me surpreendeu.

 

Agosto, 2014

 

 

Mother and the enemy

 

Tenho tantos discos para ouvir e tantos livros para ler, tantas tranças para fazer, amigos para sossegar, o vestido vermelho para remodelar, coisas, sabes, coisas…

Mas o que faço são retalhos de contorno, retalhos de entretimento enquanto espero que o sol maior chegue e a minha vida se espraie toda, se desabroche e nunca amanheça.

Oiço Mother and the Enemy dos Lux Occulta banda polaca que me suscitou a curiosidade depois de por acaso lhes descobrir o último álbum: Kolysanki.

Já tentei vir aqui e escrever umas linhas mas paro sempre e depois volto e paro outra vez, não é que não queira conversar contigo Supremo mas não sei por onde começar porque não há o que começar, não há tormentas, estou em paz e o que me atormentava não tem agora poder algum.

 

Setembro, 2014

 

 

Dia dos mortos

 

Tenho tentado escrever, tenho vindo aqui, tenho escrito e depois guardo. Não sei se é porque não consigo terminar o que escrevo, se é porque sinto que nem sequer comecei.

Oiço Culto of Luna, o Vertikal e sinto-me cheia de força, aliás, já nada me mete medo, apenas me preocupo com a saúde, todo o resto se tiver de ser será e pronto.

Há muito tempo que aprendi a viver um dia de cada vez, como os bêbados em recuperação.

Vou casar, ah rio e sei que ris comigo e rimos ambos e tu daí lanças-me esse teu olhar docinho de soslaio e eu desfaço as tranças e salto de nenúfar em nenúfar e não quero saber e realmente não quero mesmo saber.

Só falta esperar e eu espero.

Voltando ao plano dos mortais, não sei de mais nada, dos amigos nem sombras, também, se queres saber, pouco me importa, queixam-se, desabafam, viram-se do avesso, criticam-se, um enfado terrível! Talvez já não goste de nenhum deles porque deixei andar e não me importei, nem me importo e quando voltam… apenas me enfadam mais.

Serei crua, talvez, mas não me importo.

Tudo talvez se resumirá ao: “quando estive não estavam”, quando estavam… não estavam na mesma ou ao  facto de sempre ter sido um lobo solitário, gosto de estar sozinha; como dizia o Bukowski:

 I am the best form of entertainment I have! Let's drink more wine.

 Às vezes, a gente percebe que isto é tudo uma troca de favores, um comércio de necessidades e depois a gente abre a pestana e manda foder tudo e sente a leveza a coçar-nos as asas e ah! É bom sentirmo-nos solitários e feitos de aço, além camarada que a gente vê terra lá ao fundo!

E acabando com a melhor banda do mundo,

All is quiet, the city sleeps…

 

 

publicado por Ligeia Noire às 00:29
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29
Jul 14

 

07:45

 

Estou no quarto, sozinha, as cortinas não são opacas o suficiente para ocultarem a evidência da manhã que não quero aguentar, antes pelo contrário, são caramelizadas e transparentes.

Foram os melhores dias da minha vida, podia contar-te tudo mas não quero, foi um ritual de luz negra e vermelha de velas que só a nós pertence.

Cheiro-o em todo o lado, arrumo a garrafa de vodca polaca que o pai lhe ofereceu, a de sumo de maçã que comprámos numa pastelaria ao calhas (bolas, como ele gosta de sumo de maçã…) e a de água para o saco de lixo improvisado.

Ali está a toalha, ali, a um canto, deito-me na cama grande e tento dormir, não consigo, deito-me na pequena e fecho os olhos, durmo?

Se calhar dormi, não sei, não consigo respirar bem. Levanto-me um bocadinho, encosto-me à travesseira e fixo os olhos no vestido com que cheguei e que usei ontem também e que está, também, ali meio dobrado na cadeira, ainda deve cheirar a vinho verde branco fresco que nele foi entornado ontem, tenho de usar outra coisa… umas calças talvez, sim, umas calças e um casaco.

Está frio e nevoeiro, agradeço-te Supremo, agradeço-te pelo frio, preciso de acabar de fazer a mala, ver debaixo das camas, guardar os trocos na carteira, ir à casa de banho buscar o champô e a pasta de dentes… não me deixes pensar Supremo, olha, abrirei a janela e o ar matutino far-me-á sentir melhor.

Assim faço.

A vista é amontoada, grafitis por todo o lado, ah como os odeio! Aos rabiscos e a estas gaivotas que jamais se calam e que, em conluio com as melgas, me não deixaram dormir em condições.

Não penses, mantém-te ocupada.

Fomos ao alfarrabista do costume, não tinha os livros que procurava… levei a aparição por um euro, acho que o vou ler na estação, afinal de contas serão quatro horas de espera e preciso de escapar por um pouquinho que seja.

As lágrimas despontam outra vez, maldito sejas espaço e maldito sejas tu também ó tempo.

As gaivotas continuam o seu horrendo crocitar e o quarto parece-me uma masmorra, sinto-me a asfixiar.

Estou tolhida.

Amo-o e tento não pensar muito nisso para que os pulmões não se adelgacem mais… Quero ir embora deste sítio mas não quero ir embora na verdade.

Tenho medo e cheiro-o em todo lado.

Ontem, antes do jantar, não conseguia estancar o pranto, doíam-me tanto os olhos… Deveria brotar sorrisos borboleteantes e caricias doces mas ah Supremo… como me esmaga a dor da partida… sentia ali que não sabia ainda lidar com aquilo que sentia, quão pequena e marginal era eu perante tamanho tormento, tamanha abundancia de impossibilidade.

Ele, silencioso, pôs o telemóvel a carregar e foi tomar banho, tirei os sapatos, apenas, e deixei que a lingerie me constringisse enquanto me enrolava e fechava os olhos para que tudo ficasse bem.

Em cima da cama repousavam os discos que ele comprou umas horas antes e a caixinha vitoriana que me ofereceu, caixinha de madeira tão bonita… ao olhá-la vem-me à memória o entusiasmo da senhora comigo, com ele e com a nossa história. Embevecida contou-me sobre si e sobre a sua paixão por todas as coisas belas e delicadas que tinha na loja e de que eu também gostei muito. Perguntou-me coisas, apresentou-se, ah o sonho americano ainda, suspirou ela (ele zombou quando lho traduzi no caminho de regresso). Ele estava lá ao fundo com o marido dela, Alberto, assim se chamava o dono. O Alberto ia-lhe mostrando velhos leitores de vinil e máquinas de escrever, a esposa Maria mostrava-me nesse instante outra caixinha de madeira com arabescos na tampa e forrada a veludo verde, havia um baúzinho de madeira negra e floreados brancos mais bonito mas ela gostava mais da outra.

 Olhei-o enquanto este se deliciava com a máquina de escrever de teclas brancas que estava encostada à parede numa mesinha. A que a mãe lhe ofereceu de madeira envernizada, clara é mais bonita, mais graciosa, pensava eu.

Ele percebia que eu e ela falávamos dele porque mencionei o seu nome, sorriu em protesto. A Maria pediu que voltássemos lá um dia, assentei e sorri, ofereceu-nos os discos e só cobrou a caixinha, ah as aventuras! A vida que só se vive aqui e uma vez, arrematou com ar quimérico e saímos.

Tudo isto se me revolvia na tempestade que desembocava do peito ao cérebro sem precedentes, enquanto repousava inquieta e em profusão de cabelos.

Ele lia na banheira e eu sentia que ia morrer de sofrimento contido. Tão difícil se nos apresenta a tarefa de desviar a atenção do indizível. Não havia coisa alguma em que pudesse desaguar o pensamento e subsequentemente me fosse abrir as narinas e descansar o peito.

Abri a janela e deixei que o ar nevoeirento e nocturno me abraçasse um bocado e chorei outra vez. Sentia-me partida e infinitamente desolada.

Regressado do banho, deitou-se na cama grande, abriu o livro e continuou a ler, fechei a janela, tentei pensar nas coisas mais banais e aborrecidas de que me lembrava. Ele chamou-me, chamou para que me deitasse ao seu lado, o direito.

Fechou o livro, talvez tivesse lido apenas duas páginas. Era um livro de capa castanho-escura, grosso e volumoso, sobre as aventuras do Crowley na Alemanha, acho, não sei, apenas acho porque estava preocupada, triste e a respirar às metades.

Ajudou-me, pausou-me, protegeu-me, beijou-me, abraçou-me, salvou-me como lhe é apanágio.

Tentámos ver televisão para que o tempo que não queríamos que passasse, passasse porque o tempo tem de, tem sempre de… ir, mover, circular, tic tac, tic tac.

Filme aborrecido de meados dos noventa, filme que me fez lembrar daqueles romances de bolso à venda nas tabacarias. O sono ia puxando as pálpebras, ele foi descansar um bocado para a cama pequena,

O tempo de passar deve ter passado um bocadinho porque acordei sobressaltada com o toque do telemóvel, soergui-me e atendi.

Eram horas.

O coração esquadrinhou-me as entranhas, abracei-o e peguei-lhe na mala mais pequena.

A noite fria e aveludada pelo nevoeiro deu-me um arrepio inesperado, palavras curtas, beijo curto, abraço espartilhado.

Colocámos as malas na bagageira, ele voltou-se, dissemos até breve e abraçámo-nos.

Partiu, foi, ido.

Eu… eu fiquei ali, mesmerizada, arreigada ao chão, cheia de frio com um vestido de chiffon negro pejado de flores silvestres, renda e que ainda cheirava a vinho branco porque tudo estava arrumado e nada mais havia para vestir e, também, porque achei doce acaso ser o mesmo com que o recebi.

Chorei, cravei as unhas nas conchas das mãos e fiquei ali, assim de madrugada, sombria, enquanto um varredor de ruas observava e seguia o seu caminho ao mesmo tempo.

Subi, embrulhei-me na cama e as lágrimas alojavam-se, quentes, no pescoço.

Amanheceu, não sei se dormi, estou aqui e amo-o e estarreço-me, não por ama-lo mas pelo sortilégio que tudo isto é.

E falar do porvir, de rotinas ou pessoas… mareia-me e desola-me.

A tristeza que sinto é só minha e é triste.

Encontrei o filho-da-lua, desatei o laço branco e agora quero dormir, estar sozinha e não me mexer muito porque ele já não está e eu continuo, perduro-me.

 

I will take you away with me.

Once and for all.

Time will see us realign.

 

publicado por Ligeia Noire às 14:41

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