E se eu escrevesse e se eu te contasse o que já sabes mas libertasse, assim, espaço no disco para erguer mais as costas? Não era isso que eu fazia, que eu sempre fiz?
Hoje lembrei-me da rapariga de cabelos de trigo encaracolados, a alta e esplêndida Bretã, está tanto frio que me custa escrever, está tanto frio que os meus duches gelados, estão ainda mais gelados.
Gosto deles, dos dois, amo o Cavaleiro-das-Terras-Brancas e tenho a minha alma espelhada e a cumplicidade de crianças que nunca cresceram com o do outro lado, com o gato cor-de-laranja.
Há uns tempos, pensei nunca conseguir espelhos onde banhar os olhos e agora isto... e agora isto que, às vezes, pesa que deveria ser leve mas há toda esta insustentabilidade...
No entanto, são eles que me mantém longe do abismo, não penso, não penso e se penso não salto.
Quanto a elas e a ela, em particular, já nem sei se quero ir, se posso ir, já não gosto dela e o gostar tanto que gostei, perdeu-se no tempo, é engraçado como isto circula aqui pela Terra, quando estava de mãos e peito abertos, insistiam em ir para outro lado, viver outras coisas, desconfiar do abraço, agora posso dizer com certeza de anos que não sinto absolutamente nada.
E sinto-me toda.
Acabaram-se elas, agora são eles.