“We are like roses that have never bothered to bloom when we should have bloomed and it is as if the sun has become disgusted with waiting”.

20
Abr 07

 

Doem-me os olhos…

Acordei de forma abrupta e assustada.

Acho que hoje o medo se apoderou de mim e todos os pequenos e inesperados actos me assombram.

Não me sinto bem e preciso dizer-te.

Não me sinto bem e preciso de ajuda, cada vez tenho mais medo.

Diminuem as noites em que durmo sem me recordar de um pesadelo que me atemoriza até o conseguir diluir em rotina.

Não sei ao certo o que se passa comigo…

E não me consigo ajudar, só pioro as coisas, sinto-me sozinha cá dentro.

Sinto-me abandonada, tenho medo de sufocar, tenho medo de não conseguir suportar.

Sinto falta de alguém que me guarde dentro de si.

Sinto falta daquela amizade inexplicável.

Sinto falta de sonhos.

Sinto falta de coragem.

Sinto falta de concretizar algo por mais pequeno que possa parecer.

Sinto falta de contentamento, de me sentir capaz, considerada.

Gostava que se orgulhassem de mim...

Eles.

 

 

 


publicado por Ligeia Noire às 11:20
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13
Abr 07

 

 Mesmo que a força me largue abandonada, persistirei contudo fraca mas viva porque os meus lábios mover-se-ão ainda...

Mesmo que tudo isto me teime em sufocar, o destino prefere-me desesperada a sepultada.

Ainda que não possua a capacidade de deter belas palavras e de as ornamentar de melancolia, elas bailarão para a eternidade na minha mente como: sons, reflexos ou sentimentos sem, no entanto, o meu corpo as conseguir descodificar e mover para que doa menos um pouco.

Mesmo que dê muita vontade de cortar até ao fim, enlaçar até ao fim, suster até ao fim, existirá sempre a vontade física a subsistir por mim...

publicado por Ligeia Noire às 08:59

05
Abr 07


Houve uma altura em que, admito, ter pensado que até escrevia umas coisas interessantes, com nexo, engraçadas.

Nessa altura ousei achar-me relevante, igual mas a vida segue lá fora e, lá fora, não houve uma altura, houve sim uma infinidade de tempo no qual me achei obsoleta, aberrante, fraca, ignorada.

Esse tempo foi passado, é presente e será futuro, pelo menos assim o tem sido e temo que o vá ser para sempre.

Por vezes a vontade que impera cá dentro é a de me esbofetear, a de me obrigar a gostar, a viver sem lamúrias, sem choradeiras…

A de perguntar porquê?

Por que raio não consigo gostar de nada, por que tudo por vezes perde o pouco sentido que lhe consigo atribuir?

Por que é que as poucas coisas de que gosto me fogem?

Por que raio a realidade que gostava de viver fica no planeta ao lado?

Por que não consigo fazer chorar estas palavras?

Por que sou assim tão insatisfeita?

Não tenho respostas, não sei a quem perguntar, dói tanto cá dentro, tanto que a minha visão se turva por ter de suportar todas estas lágrimas.

Não posso deixa-las crescerem, não aqui, não agora.

 

publicado por Ligeia Noire às 15:39
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