Bem, eu sei que é extremamente básico, estúpido e desistente mas naquele dia a sala ficou escura, lúgubre.
As portas e janelas pareciam demasiado fortes para serem apenas portas e janelas (para alem de estarem trancadas).
Sorrisos e olhares confiantes não abrem no cérebro caminhos para o entendimento e, aquela obrigação de ceder por me ser impossível, é a mesma
sensação de impotência e incapacidade que sinto e senti naquelas situações…
É muito forte porque é algo que sabes não ter ultrapassado, algo ao qual te esquivaste ou tiveste de camuflar.
Mas que voltou.
É como que o destino a colocar-te sempre isso no caminho até que percas tudo ou, miraculosamente, ultrapasses.
Do mais profundo do meu entendimento sei que não há escapatória que tenho de perceber.
Deixarem-me assim era proibido… já tinha quase esquecido como era sentir-me daquela forma.
E lá estou eu, a fazer a tal tempestade no copo de água que para mim é importante mas, que para os outros, o outro, o mundo é desnecessária e sem sentido.