“We are like roses that have never bothered to bloom when we should have bloomed and it is as if the sun has become disgusted with waiting”.

16
Nov 07


A suavidade envolvia-te e eu deleitava-me a contemplar a forma como falavas.

As palavras podem tocar-nos fisicamente, mesmo que não se possa tocar a fonte que lhes dá vida.

Misturei-me e lavei a alma com o que pronunciavas.

A noite foi caindo e amansando espíritos rebeldes:


- O meu;


- O teu;


- Os nossos.


Trazendo-os de volta à doçura com que os nossos olhares se envolviam.

És tu, sou eu, somos nós, que nos perdemos, que não nos cruzamos, que não nos conhecemos.

Sou eu, que não te tenho, que não te posso ver.

És tu, que estas longe, que perdes vida envolto num mundo que não me conhece, que eu não conheço.

Nós tão desconhecidos, tão impossíveis.

Mas nem sempre é assim, às vezes, tu deixas que eu te toque que eu me misture contigo que eu te tenha e te guarde e assim fico.

Não me apetece amar ninguém, porque ninguém existe.

Não me apetece submeter-me a ninguém, porque ninguém me desfalece, ninguém me eleva.

És portanto fantasia, doce letargia de substâncias desconhecidas.

És álcool que me inebria que me desarma e faz chorar.

Adoro o teu sabor, como adoro o teu sabor.

Que vício este que não quero findar que cheiro é este que não consigo perpetuar.

Como és belo, especial e sagrado, como me fazes viver nesta morte instalada.

 

publicado por Ligeia Noire às 16:10


 


Dói-me cá dentro, não sei como designar isto portanto assim fica.


Mais uma vez voltou a acontecer… será que sou mesmo tudo aquilo?


A princípio nem equacionei mas, caramba, as pessoas perdem-me, eu volto a acreditar, é porque o problema é meu, sou mesmo eu.


A falsa, vil, mentirosa e paranóica.


Estou tão cansada hoje, tão fraca, mal consigo manter-me consciente e de olhos abertos mas, contrariamente


ao habitual, vou deixar-me com toda a culpa, não vou ripostar, defender-me ou procurar entendimento.




Vou enclausurar-me.




ESTOU FARTA DAS PESSOAS, COMPLETAMENTE FARTA!


Não se pode confiar em ninguém, não se pode esperar que gostem de nós e nos considerem porque não é assim nunca será assim!


Então foda-se, a idiota sou eu, cheia de cicatrizes sem ter mais por onde sangrar e ainda feita estúpida a abrir-me, ingenuamente, para me desacreditar perante mim e voltar a partir-me ao embater no fundo.


 


Devo gostar de recolher os cacos...


 


Agora é demasiado tarde, já entrou na cabeça... tudo, sim, talvez seja mesmo dessa forma e não me consiga aperceber.


Talvez tenha distorcido a realidade e tenha vivido enganada pelos meus olhos, me julgue verdadeira


mas para o mundo seja não mais que uma máscara.


A culpa é minha, sou eu que perco as pessoas.


Eu faço-lhes mal.


Eu sou mesmo como ouvi, não posso confiar na minha percepção.


Sinto-me tão alheia que nem consigo pensar e articular a escrita.


Estou para ver onde vou parar agora, só espero que as grades da minha jaula sejam fortes.


Se assim me vêem, assim vou ser.


Já chega de tentar ser compreensiva e aplacar tempestades, chega de acalmar as hostes, de manter a estabilidade do barco porque, mais tarde ou mais cedo, a tripulação vira-se contra nós.


 

publicado por Ligeia Noire às 14:28
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