“We are like roses that have never bothered to bloom when we should have bloomed and it is as if the sun has become disgusted with waiting”.

27
Ago 08


Vestida de branco, a virgem descia as escadas.

Os braços longos que seguravam o vestido.

As mãos finas e quebradiças.

A boca vermelha e pequena.

Os olhos grandes e indescritíveis.

Os cabelos longos e volumosos que contornavam o peito pequeno e apetecível.

Ela descia porque ele queria que ela descesse.

Ela descia coberta de inocência e desejo.

Perdendo-se a olhá-lo.

Ele era belo.

Ele era a beleza que a ultrapassava.

Ele era a complexidade que a anestesiava.

Que a deixava à sua mercê.

Desprotegida e embevecida.

Os cabelos dele eram ondulados de cor estranha, ornamentavam o rosto.

A pele era cândida, ligeiramente rosada como se a candura seduzisse a morte e esta se deixasse envergonhar.

Quando ele a fixava, ela perdia-se de palavras.

Esquecia-se de como falar.

Não sabia como controlar a respiração...

E ele divertia-se vendo-a a ultrapassar a fronteira.

 

publicado por Ligeia Noire às 14:14
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