“We are like roses that have never bothered to bloom when we should have bloomed and it is as if the sun has become disgusted with waiting”.

29
Out 08


Os olhos... sempre os olhos.

Aqueles que eu vi.

Aqueles que me viram.

Aqueles que não precisaram de palavras.

Aqueles que conturbaram a nudez da minha alma envelhecida.

Aqueles que eu julguei puros.

Os teus olhos que ainda andam por aqui, pela noite em que durmo.

Sei que te vi, eu sei que é verdade.

Sei que tu me deixaste ver.

Sei que foi verdade.

Podes ter-me deixado cair sozinha mas eu tenho a certeza desse resquício de lucidez.

Essa verdade que nos encobriu naquele silêncio tão doce, tão perdido.

Tu não falavas.

Olhavas-me e olhavas-me.

E eu escondia-me no teu corpo.

E o teu corpo escondia-me.

E ficávamos assim, escondidos e segredados e tu dizias que eu ficaria ali para sempre.

E eu sentia o "para sempre" a cair-me nos ossos...

 

publicado por Ligeia Noire às 19:41

01
Out 08


E, apesar de tudo o que eu possa pensar, o sangue que manchou o chão foi só o meu… só o meu.

O que é sentir isto?

Como é sentir isto?

O que é que eu sinto?

Onde fui?

Onde posso resgatar aquilo que senti?

Podes dizer-me?

Ou podes simplesmente trazer-me de volta?

Coisas que não vão embora com noites de sono sem sonhos.

Não sei o que estou a fazer… não sei quanto tempo passou lá fora…

Quais foram os olhos que me viram?

Será que foram aqueles que pararam o tempo nos meus?

Ou será que fui eu que parei…

Não interessa.

Nada interessa…

Preciso de respirar.

publicado por Ligeia Noire às 15:41

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