Ele diz que nada sara, nada cresce.
O pano negro.
E depois ele.
As mãos esculpidas.
O suor que me inundava a pele.
Os ossos apertados contra corpos alheios.
A alma ficou tão branda…
Tu arrancaste-me pedaços de carvão.
Durante aquela noite, fiquei drenada do grande mundo branco.
Estava tudo lá fora, demasiado longe.
Os olhos fechavam e o corpo balançava.
O cabelo caía-me pelo peito com violência.
Pensei que o tempo pudesse ser generoso mas encurtou-se tanto que, quando me apercebi, lá estava o grande mundo branco a entrar outra vez.
Todavia, eu havia ficado sem gravidade por umas horas.
E, aos olhos dos outros, seria álcool a elevar-me.
A tempestade apenas havia começado.
Levaste-me ao cimo da montanha e eu não quero descer.
Ainda intoxicada, repete-se e repete-se.
Uma espécie de feitiço que tento encenar para que a minha cabeça continue escoada.
Sinto que nestes últimos dias tenho sido conduzida.
E que estou nalgum local, sentada com as mãos sobre o peito, a observar-me…