A solidão.
Aquela solidão.
A que nos assusta e não deixa nada.
É dessa que tenho medo.
Tudo em mim não se profere.
Fica mantido inerte.
Não quero recepção.
Como podemos nós, apercebermo-nos da chegada?
Em tempos idos pensava que era preciso procurar mais longe.
Estou longe e não há nada!
Será isso um sinal da chegada?
Não houve ninguém.
Continuam a ser pessoas de sangue aquelas que me têm.
Já estou noutro patamar.
É fresco.
Ainda estou meio em cima, meio em baixo.
O patamar do silêncio.
A espera evoluiu para o silêncio.
Já sei que hás-de chegar, Senhor do Desterro.
Hás-de cá estar e desferir o golpe em sangue líquido.
E tudo há-de acabar.
E, uma vez na tua casa, jamais direi que sim a outra jornada.