“We are like roses that have never bothered to bloom when we should have bloomed and it is as if the sun has become disgusted with waiting”.

06
Fev 10


As vezes o tempo pára e começas a aparecer devagarinho.

E pedes-me que te alcance e te olhe por dentro, como se fosses um copo de vidro.

Estou enamorada de um conjunto de fantasmas, crio tudo aquilo que não existe.

O cansaço e a violência às vezes dão lugar a isto.

E todos os locais me enfastiam e tudo me parece remoto e desnecessário e todas as coisas são parte do meu cavaleiro utópico.

O ar fica encalhado no meio da garganta e, de tanta impossibilidade, ao chegar a este mundo só me apetece volver.

Grades e grades e mais grades com correntes.

Desespero.

As paredes do quarto apertam-se e de repente são as costelas que sinto apertadas impedindo o sangue de se prolongar no peito.

Sinto o corpo contraído e náuseas e vertigens e a respiração descompassada.

Só me apetece gritar, partir tudo.

Como se estivesse a sufocar de impossibilidade.

Gostava de poder fechar-me numa canção.

Não queria ter de sentir esta insuficiência de vida.

É o que dá viver ao género da Alice no país das wonderlands.

Só vivo realmente na minha cabeça.

Rejeito tudo porque nada me absorve, satisfaz, extasia como aquilo que moldo cá dentro.

Assim é.

 

publicado por Ligeia Noire às 14:12

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