“We are like roses that have never bothered to bloom when we should have bloomed and it is as if the sun has become disgusted with waiting”.

15
Fev 10


Quando vens, todas as brechas se preenchem.

Como se ingerisse dimetiltriptamina passo para o teu lado, aí onde descansas, até que todos nós tenhamos os olhos abertos.

Às vezes, a linha fica tão ténue que te sinto excessivamente cá dentro, até doer de sufocação.

Mas quando fico assim, tão inerte, tão por ti perfeita, não há nada que me atormente, nada que avassale o meu estado letárgico.

Não existem pessoas, nem coisas mundanas que somente de as pensar conspurco estas linhas que te escrevo.

Há coisas que estão destinadas a acontecer e acredito que quando souber o que há aí irei conseguir falar a tua língua e ver-te os olhos.

Aquela noite de bancos frios.

Aquela noite na cidade perdida onde me fechei e inalei a treva.

Talvez tenha atravessado… talvez tenha realmente atravessado.

Por que é que tudo o que quero não existe?

Por que raio tu não existes?

Não quero procurar mais… não quero, senão os teus cabelos longos, os teus olhos de portões seculares e as tuas mãos de serafim.

Não quero prosseguir com a vida cá em baixo.

O peito está constrangido e às vezes respiro-te tanto que preciso de tempo para respirar.

Apareces assim… apareces do nada e sinto-te eterno e enraizado em tudo o que sou.

De onde vieste tu que ninguém vê senão eu?

Tu és e eu ainda não me sou.

Ó Sagrado Cavaleiro do Escolhido, não me abandones!

Leva-me e esconde-me num lugar onde não haja tempo.

  

publicado por Ligeia Noire às 12:56
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