“We are like roses that have never bothered to bloom when we should have bloomed and it is as if the sun has become disgusted with waiting”.

31
Ago 10

 

(...) made the choice to go away
drink the fountain of decay
tear a hole exquisite red
fuck the rest and stab it dead

broken bruised forgotten sore
too fucked up to care anymore
poisoned to my rotten core
too fucked up to care anymore

broken bruised forgotten sore
too fucked up to care anymore
poisoned to my rotten core
too fucked up to care anymore


broken bruised forgotten sore
too fucked up to care anymore
poisoned to my rotten core
too fucked up to care anymore

broken bruised forgotten sore
too fucked up to care anymore
poisoned to my rotten core
too fucked up to care anymore (...)

(depois o cd encravou)

 

too fucked up to care anymore

 

too fucked up to care anymore

 

too fucked up to care anymore

 

too fucked up to care anymore

 

too fucked up to care anymore

 

too fucked up to care anymore

 

too fucked up to care anymore

 

too fucked up to care anymore

 

too fucked up to care anymore

 

too fucked up to care anymore

 

too fucked up to care anymore

 

Excerpt from NIN's song "somewhat damaged"/Excerto do tema "somewhat damaged" da autoria dos NIN

publicado por Ligeia Noire às 03:49

28
Ago 10

 

Durante as férias li dois livros.

Nada de especial, não fosse o facto, de os andar a tentar ler, há décadas!

No final da leitura fico sempre com a sensação de que o nada é o que importa, de que já tudo foi dito, feito, sentido, perguntado, procurado, cantado, escrito mas não respondido.

Talvez, talvez quando tudo estiver claro perceba o sentido da existência humana.

Sei o que me é caro e o que me prende, de resto tudo se resume a um imenso vazio de coisas que baloiçam.

Daqui.

Dali.

De lá.

Para cá.

Vai.

Vem.

O próximo livro que vou intentar deixou-me imersa, umas boas horas da madrugada, a pensar nas drogas. E atrás delas veio tudo o que cabe nesse saco, o sexo, o amor, a amizade, a arte. Enfim, tudo o que nos suporta a alma. Tudo o que nos aproxima do divino. Todas essas substâncias que nos revelam o perigo, o mundo, a travessia da fronteira.

Tudo o que nos dá prazer é escapismo.

A beleza é a mais casta das suas formas, a mais ambivalente e fértil.

Adornar o corpo, transformá-lo, controlá-lo, oferecê-lo, destruí-lo… As formas primitivas e intuitivas de prazer que derramam essa beleza multiforme nos olhos do espírito.

Quem se quer ver ao espelho?

Quem estará do outro lado?

A tenra sedução da liberdade, do esquecimento, da elevação.

O mundo prossegue mantendo o jardim do Éden, aliás, todo ele é o jardim do Éden.

Uma balança inimitável que alberga o bem e o mal em cada um dos seus pratos, um cabaz encoberto, uma lista de compras.

E o ser humano, na sua multiplicidade de olhos, escolhe o ângulo por onde verá, um só prato.

O Supremo não é múltiplo, é uno e pela sua unidade, não há divisões, tudo é um todo, tudo é pertença a si.

 

Libera me, Domine, de morte aeterna

 

porque tudo o que procuro nesta constante queda é a finitude.

publicado por Ligeia Noire às 03:10

18
Ago 10


A chuva de dentro demora tempo que não sei contar.

E espero muito tempo, tempo incontado.

Esta chuva é mais forte do que os passos e o corte reabre-se nas costas, dele saindo o sangue podre de dias afogados.

A chuva das coisas pesadas, o tempo incontado que demoro a estancar os olhos.

Dormi no lamaçal, fiz do tempo, incontado.

O meu corpo é manta de pedaços.

A minha alma é pasto de larvas gordas e amarelas.

publicado por Ligeia Noire às 17:24
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05
Ago 10


(...) E entrou e nem por isso a vida ganhou sentido. Tantas mesas com pessoas, tantos olhos. Tantas dores feitas de medo. Tantos dias passaram. Dias em que ela queria ir. E não, não vale de nada traçar os passos, as cores, as histórias.

Falar das pessoas e das coisas porque nada fora dela lhe interessava. Tudo o que lhe fazia abrir os olhos era sangue. O dela e o dos que o partilhavam com ela. Nada correu bem, nada correu mal. Dependendo da janela a vista nunca se repete.

Há sempre coisas que não estavam lá. Há sempre olhos diferentes dos nossos e se nós pudéssemos usar um par diferente a cada dia nascido, talvez nem precisássemos de falar, talvez tudo fizesse sentido, tudo fosse bom ou tudo fosse simplesmente tudo.

Às vezes ela pensava que tinha força e que aquele era o caminho certo, outras vezes as células eram todas fracas e ela sentia que o caminho não era certo ou errado mas sim, o possível. E, sendo o possível, tudo estava na mesma, nada tinha mudado.

Sempre o possível, sempre a insuficiência de vida ou então a insuficiência de força para a viver. Um ano passou. Um ano, uma cama de manta dourada, uma musica tingida de negritude, uma (...)

 

publicado por Ligeia Noire às 02:15
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03
Ago 10


You woke me up, left me naked in a world that I dont recognize anymore.

Who is responsible for this?

The only thing worse than evil is apathy, a crime we are all guilty of.

So we just walk along in silence but now... I cannot go further.

 

Lyrics by Cult of Luna/Letra dos Cult of Luna

publicado por Ligeia Noire às 12:21
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