A chuva de dentro demora tempo que não sei contar.
E espero muito tempo, tempo incontado.
Esta chuva é mais forte do que os passos e o corte reabre-se nas costas, dele saindo o sangue podre de dias afogados.
A chuva das coisas pesadas, o tempo incontado que demoro a estancar os olhos.
Dormi no lamaçal, fiz do tempo, incontado.
O meu corpo é manta de pedaços.
A minha alma é pasto de larvas gordas e amarelas.