“We are like roses that have never bothered to bloom when we should have bloomed and it is as if the sun has become disgusted with waiting”.

01
Dez 10


Memories, sharp as daggers

Pierce into the flesh of today

 

Era uma vez uma rapariga que se enrolava como um ouriço.

Um dia, saiu à rua e o sol estava aberto em espiral e brilhava-lhe nas mãos, levou as ditas ao peito e aqueceu o coração todo, todo…

A rapariga que se fechava como os ouriços, guardava uma pedra preciosa junto ao coração mas a pedra tinha pernas e, quando ela adormecia, ia embora deixando-lhe o peito gelado.

Os dias passavam repletos de tempo e ela, cansada de levar as mãos do sol ao coração, conseguiu pegar na pedra com cuidado e guardou-a numa caixinha debaixo da cama.

E ali a omitiu.

Não era, de todo, de sua vontade que ela a voltasse a ofuscar com a sua miríade de enleios.

A rapariga compreendia.

Num dia de neve a rapariga teve de se enrolar por muito tempo para conseguir guardar algum do calor que teimava em fugir (seria fatal deixá-la desabitada).

Tinha dado muito labor juntar os poucos raios que encontrou pelo caminho.

Nisto, sentiu os pés a aquecerem e a cor violácea a desaparecer, desenrolou-se e reparou que o sol a embrulhava como se a sua pele fosse de diamante orlada.

Afinal, a pedra não tinha sido engolida pela caixa, estava ali, cheia de chuva e a brilhar luxuriosamente para que a rapariga não pensasse duas vezes e a juntasse ao peito outra vez.

E, nas mãos de sol, levou a pedra para junto de si, agasalhou e aninhou o peito o melhor que pôde, fechando-se com ela.

A sua vontade era forte, a sua vontade era mesmo muito forte.

Assim se passaram dias, dias sem que o sol fosse preciso.

No entanto, neste mundo nosso, este mundo de cá, de fora, em que só podemos comer aquilo que das nossas mãos se constrói, começou a chover muito, muito, muito, e a pedra foi-se embora.

Mas o sol que a pedra que brilhava acumulou no peito dela era tanto, que o coração se dilatou e quando a pedra partiu, o buraco era tão grande que a chuva se apaixonou por ele e enchendo-a de si, afogou-a.


publicado por Ligeia Noire às 23:39


Memories, sharp as daggers

Pierce into the flesh of today
Suicide of love took away all that matters
And buried the remains in an unmarked grave in your heart

 

With the venomous kiss you gave me
I'm killing loneliness
With the warmth of your arms you saved me.
Oh, I'm killing loneliness with you
The killing loneliness that turned my heart into a tomb
I'm killing loneliness

 

Nailed to a cross, together

As solitude begs us to stay
We Disappear in the lie forever
And denounce the power of death over our souls and secret words are said to start a war

 

With the venomous kiss you gave me

I'm killing loneliness
With the warmth of your arms you saved me,
Oh, I'm killing loneliness with you
The killing loneliness that turned my heart into a tomb
I'm killing loneliness

 

Lyrics by His Infernal Majesty/ Letra da autoria dos His Infernal Majesty


publicado por Ligeia Noire às 22:35
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