“We are like roses that have never bothered to bloom when we should have bloomed and it is as if the sun has become disgusted with waiting”.

06
Dez 10


Tenho o teu abraço cheio

Com a solidão no meio

Que não me deixa abraçar

Tenho o teu olhar presente

E o desenhar do movimento do teu corpo a chegar

Tenho o teu riso sentado

Mistério do teu lado que preciso desprender

Tenho o corpo a correr

Tenho a noite a trespassar

Tenho medo de te ver

É perigoso este perfume

E a memoria do teu nome

É do fogo que nos une

Tenho espaço indeciso

Dá-me mais porque preciso

Mais um sopro do que tens

Deixa andar

Deixa ser

Quando queres entender o que não podes disfarçar

Escolhes não sentir mas não é teu para decidir

Se faz bem ao coração

Largar o que há em vão

Faz bem ao coração

Mesmo longe caem rosas

Como pedras preciosas

Que confundem a razão

Mistério do teu lado

Entre o certo e o errado

Bem e o mal em discussão

Volta a teu abraço cheio com o coração no meio

Volto eu a disparar 

Não percebo o que é queres

Diz-me tu o que preferes

Ir embora ou ficar

Este espaço intermédio

Entre a paz e o assédio não nos deixa evoluir

Não é dor nem fogo posto

É amar sem ser suposto

É difícil resistir

Deixa andar

Deixa ser

Quando queres entender o que não podes disfarçar

Escolhes não sentir mas não é teu para decidir

Se faz bem ao coração

Largar o que há em vão

Faz bem ao coração

Meu amor esta vontade

Meu amor se é verdade

Meu amor se queres saber

Abre espaço no que é teu

Vou-te dar o que é meu

Deixa andar

Deixa ser

  

Letra da autoria de Tiago Bettencourt

  

publicado por Ligeia Noire às 19:45
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Não sei se estou a forçar-te a entrar no mundo ou se realmente isto não cabe dentro de mim.

Às vezes, quase que consigo imaginar-te, como se já estivesses quase pronto, como se já tivesse colado todos os bocadinhos necessários para me transcenderes.

Talvez já estejas pronto... mas se estivesses já me terias encontrado…

O que quer dizer que, ou vou ter de continuar a esperar ou tu nunca vais conseguir existir fora da minha cabeça.

É que preciso tanto de ter a minha boca entre os teus lábios de rosas…

Preciso tanto de adormecer no meio de tudo o que é teu.

Preciso de saber-me fechar os olhos contigo a velar-me.

Preciso de ser precisada por ti, preciso que existas, preciso que desças.

Preciso arrumar tudo e ir embora para esse Inverno onde vives e avermelhar-te o peito.

Preciso que me faças atravessar o rio, que te faças barca e me leves contigo.

Preciso que me dês chuva e sol e terra e raízes fundas.

Preciso que me inundes e me prendas a vontade.

Preciso de ti filho-da-lua.

Gotas grossas e translúcidas não cessam de pesar nestas pétalas escarninhas que me caem.

Talvez, jamais o Supremo te crie, talvez eu esteja demente.

publicado por Ligeia Noire às 01:16
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