Hoje, que já foi ontem e que será amanhã, a noite prossegue sem cessar há três dias.

Doem-me as pálpebras e doem-me os olhos da alma.

Quem me dera nunca ter existido.

Amaldiçoada a nunca deixar de viver, a nunca deixar de morrer, a nunca deixar de estar.

A nunca deixar de fazer parte desta tragédia circular.

Sim, já passei para o nível da demência.

Idiota.

Néscia.

Dás-me nojo!

Fraca.

Debilitada.

Asco.

Se pudesse matava-te.

Gostas de beber água do charco?

Então prossegue.

Imberbe.

Espero que chuvas ácidas te queimem o dorso.

Que te partas até ao último osso porque só assim será possível parar-te o ciclo.

Absurda.

Toda essa tua carne está podre e infecta, prescreveste antes de nascer.

Bem podes carpir-te viva e esperar que o Supremo te ceife.

És a ruína de ti própria.

Tenho tanta pena de ti, bicho moribundo.

Tanta pena.

Nada não é?

Estúpida, continua à espera que o sol um dia nasça para ti, o pó.

Estás tão descarnada e és tão mentirosa.

És um leão de papel, um insecto morto, um cacto ressequido.

Morre.

For years I've seen you fighting

Against your heart

Living like you're dying
So far from the sun

Waiting for a guardian angel
To lead you through the dangers
That lie ahead on your way
Towards tomorrow's arms

Tears have turned from sweet to sour
And hours to days
You're hiding yourself away
From our cruel world's embrace
And as your days turn to weeks
You'll cry yourself to sleep
In the cage

We all have our fears but yours are
The scariest of them all
Lift your head and let us taste
The horror you adore

And it all starts to makes sense
All the blood wisely shed
Just wait until the truth comes
Knocking on your door

Lyrics by His Infernal Majesty/Letra dos His Infernal Majesty