I
Isto é apenas aquilo que é, nada.
Folias de gargalhadas anestesiadas.
Fazes de conta?
Se fizeres, eu também faço.
Fazemos de conta… de conta que somos nada mais que albergues de uma beleza sem partes podres.
II
Fez-lhe tranças, colocou-lhe as pernas junto aos braços e perfumou-lhe a parte interior das mãos com sementes.
Guardou-a na arca.
Arca aberta, olhos escancarados.
Os olhos eram… não sabe.
Pobre criança mirrada.
Ele ficou estacado.
Ele ficou quieto.
Ele ficou sem coisas e sem sentido.
Recolheu-lhe o sal da língua e antes de lhe esconder o sol perguntou:
Have you ever seen God?