“We are like roses that have never bothered to bloom when we should have bloomed and it is as if the sun has become disgusted with waiting”.

30
Jan 12


Há um jovem cavalheiro de tez acetinada e cabelos doirados que conheço de obrigatoriedades sociais e, com quem troco palavras funcionais, há uns oito anos.

O senhor desperta-me a curiosidade para planaltos nevados e há em mim vontades agrestes de o interpelar com palavras mimoseadas.

Canso-me da brevidade e canso-me da longitude que ele institui no corpo mas que se desfaz na pungência que se lhe desagua nos olhos.

Gostava de o encontrar longe da ânsia dos dias, gostava de abrir-lhe o leque em longos passos de dança.

Aprazer-me-ia, bastante, ver-lhe os olhos à noite, fora do controlo rotineiro, aliás, induzi-lo a tal seria ainda mais divertido.

Brincar muito, de forma a roubar-lhe o sustentáculo, as regras, as indumentárias de régua e esquadro.

Que doçura seria roubá-lo da seriedade e servir-lhe copos de vinho a pedido.

Vejo para além daquilo que mostrais, meu caro senhor, a curiosidade dos vossos olhos e os passos coordenados com que rondais a dama de paus, cativam-me o gosto.


publicado por Ligeia Noire às 22:09
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25
Jan 12

 

"(…) Esta teoria considera que as divisões em classes e grupos sociais, e as configurações ideológicas e materiais sobre as quais elas se apoiam, são transmitidas e reproduzidas através da violência simbólica. Ou seja, quando o poder detido por uma classe social é utilizado para impor uma definição do mundo, para definir significados e apresentá-los como legítimos, dissimulando o poder que essa classe tem para o fazer e escondendo, além disso, que essa interpretação da realidade coincide com os seus próprios interesses de classe. Assim, esta violência simbólica «reforça com o seu próprio poder as relações de poder nas quais ela se apoia, e contribui dessa forma, como sublinha Weber, para a "domesticação do dominado"» (Bourdieu, P., 1977, p. 115).

A cultura encontra-se, portanto, dominada pelos interesses de classe. Esta violência simbólica vai exercer-se muito directamente através da acção pedagógica. De facto, P. Bourdieu e J. C. Passeron declaram de forma explícita que «toda a acção pedagógica é objectivamente uma violência simbólica enquanto imposição, por um arbitrário, de uma arbitrariedade cultural» (Bourdieu, P., e Passeron, J. C., 1977, P. 45).

Dentro da concepção de acção pedagógica entram todas as tentativas de instrução, quer as que são levadas a cabo pela própria família e por outros membros ou grupos da sociedade que não têm uma intenção expressa de educar, quer, a que se desenvolve no quadro da educação escolar. Esta acção é rotulada como violenta, visto que se exerce uma relação de comunicação em que as inter-relações são do tipo desigual; existe uma classe ou grupo social que tem maior poder e que o utiliza para realizar uma selecção arbitrária de cultura e impô-la aos mais desfavorecidos. É importante realçar que se trata de uma selecção arbitrária que vai precisar de recorrer a uma maior ou menor coacção, uma vez que os significados que impõem não correspondem a princípios universais ou a leis físicas ou biológicas.

 Dado que estamos perante uma situação definida como a de imposição, é preciso, por isso mesmo, tratar de a dissimular. Entre as estratégias válidas para levar a cabo o trabalho de ocultação está a de deitar a mão ao conceito de «autoridade». Se a acção pedagógica quiser ter êxito na distribuição do capital cultural terá de recorrer à autoridade pedagógica. O reconhecimento da legitimidade do inculcar vai condicionar a recepção da informação nos seus destinatários, a possibilidade de transformar essa informação em formação.

 Em virtude desta autoridade pedagógica, qualquer agente ou instituição pedagógica, surge automaticamente como digno de transmitir aquilo que transmite e, portanto, fica autorizado a impor a sua recepção e a controlar o seu inculcar mediante um sistema de recompensas e sanções que goza da aprovação dessa colectividade. Mas é também preciso não esquecer em momento algum que esta autoridade pedagógica é fruto de uma delegação de autoridade; dispõe desta na qualidade de mandatária das classes ou grupos sociais cuja arbitrariedade cultural impõe.

 É desta forma que se legitima a cultura dominante e que os dominados interiorizam, lhe conferem reconhecimento e que, simultaneamente, aprendem a não conferir valor a outras formas culturais diferentes ou incompatíveis com a «legítima». Os próprios sectores sociais cuja cultura é marginalizada ou desprezada convertem-se em aliados dos seus inimigos. Tudo aquilo que não se identificar com a arbitrariedade cultural que a acção pedagógica impõe fica automaticamente excluído, vê negada a sua existência."


In Santomé, Jurjo (1995). O curriculum Oculto. Porto: Porto Editora.

publicado por Ligeia Noire às 20:20
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24
Jan 12

 

I  

 

E a culpa, e a culpa mas a culpa fica melhor em português.

Ora vamos lá ao ponto de situação, parte primeira.

Se me perguntam e perguntam muitas vezes, pelo motivo:

Respondo sempre que é nada e coisa alguma mas se procurar bem lá no fundo, por entre o mofo, encontro uma palavrita espirituosa, ora cá vamos nós ao escapismo, à fuga.

Fugi para a minha corrente situação porque pensei que ainda ia a tempo, que me podia consertar, que podia remendar-me.

Simples e certo, foi exactamente por isso.

E o resultado é negro, é bastante negro diria eu, continuo igual, continuo partida, danificada e em queda.

Ou melhor, o saldo de culpa é positivo, bastante positivo, aumentou consideravelmente.

Se calhar, sou mais corrompida do que aquilo que imagino, se calhar, a minha tentativa de conserto era auto-destruição vestida de cogumelo vermelho.

Desesperança e desespero que me levam a usar da noite fictícia para adormecer os olhos em dias de sol cheio. 

Eu disse-me muitas coisas mas não as posso encimar aqui.

   

II

   

...Anda cá rapariguinha, deixa-me fazer-te tranças.

-Faz-me tranças lenhador, faz-me tranças bem bonitas.

-Deixa que t’as ate com este cordel vermelho, criança pequenina.

-Pois ata lenhador invernoso, ata-as bem.

-De quais caminhos te extraviaste, para aqui desertares, criança estremunhada?

-Pois de nenhuns lenhador, de nenhuns. Se extraviada me achas, então extraviados sempre foram os caminhos que me descobriram.

-Chega-te aqui, à beira da margem, olha que bonita ficaste, vê como refulgem ao sol, como ele as namora com todos os seus braços doirados.

-Desfá-las lenhador, desfá-las e começa tudo outra vez para que possa pousar a cabeça no teu casaco de serapilheira.

-Não tens medo que escureça rapariguinha?

-Pois não tenho lenhador e até sou capaz de apostar que, à luz da lua, esse teu cordel parecerá de cetim fidalgo.


publicado por Ligeia Noire às 17:46
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19
Jan 12


Gosto muito mas mesmo muito.

Já tocou centenas de vezes, gosto muito do título, gosto muito de que ela respire sozinha e se vá descobrindo a cada par de ouvidos.

É isso que a música deve ser, não é?

Nossa.

Acho que os senhores que fizeram esta melodia, não quiseram saber do conteúdo do filme, ela vive bem sem ele, ou melhor, ela enegrece-o tanto que mal se vê o que vai sucedendo lá ao fundo.

Hand covers bruise ou a mão que encobre o ferimento.

A primeira vez que ouvi nem reparei no título mas, agora, não sei o que é mais engenhoso.

A mão que é pequenina, a mão que esconde, tapa, encobre.

O ferimento que, aqui, não é um ferimento onírico, é mesmo pisadura, carne macerada, nódoa negra, hematoma roxo, doente.

O quão alagados ficamos durante o processo do: come, engole, rumina, aguenta, cospe, vomita.

Esconder o todo com o nada.

Hás-de ter sangue coagulado e hás-de ter sangue líquido.

publicado por Ligeia Noire às 16:48

18
Jan 12


Estou tão cansada, não estás cansado?

Estou triste, para lá de triste, estou cansada.

Cheiinha, como uma lâmpada acesa há dias.

Não sei do mundo e gostava que ele não soubesse de mim.

Hoje, ao vir para "casa", escondi os olhos nas pálpebras, são muitos anos, anos que deveriam fortificar a casca calcária mas ficam sempre buracos, buraquitos, buraquinhos, buracozitos, crateras.

Cansa um bocado, um bom bocado.

Especialmente, quando estou violácea e de pulsos porosos.

Tenho medo e estou cansada.

Como é que se põe palavras nuns olhos que seguem as gotas de chuva numa vidraça, mesmo quando não há chuva?


publicado por Ligeia Noire às 22:46
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17
Jan 12


Não é que me doa a cabeça mas ando a atulhá-la sem responsabilidade e não lhe dou tempo para que arrume tudo em gavetas.

Sinto-me um pouco fraca e muito… muito cansada, cá dentro.

Hoje o medo abateu-se sobre mim, como uma ave de rapina, pensei que se devesse às coisas que luzem ao sol mas continuei com ele agarrado à tiróide, como catarro.

O quarto está frio e os pulsos estão porosos, deitei-me um bocado para esvaziar as entranhas e devo ter dormido uma hora pequena, sonhei com coisas escuras e pessoas efémeras.

Acordei com os salmos dos Les Joyaux de la Princesse mancomunados com os Death in June, que à semelhança dum remoinho, volteavam e volteavam, abrindo uma porta na noite escura.

E preciso de escrever.

Há uns tempos, a senhora de negro disse que ao longo da sua vida encontrou alguns raros com quem nunca trocou uma palavra mas com quem sentia um entendimento mútuo, apenas pelos curtos cruzamentos de olhares.

Olhares de entendimento.

Quando li isto, há alguns anos, não compreendi como alguém podia passar anos a ver uma pessoa, com a qual sente empatia, e não falar com ela, porquê?

Hoje compreendi e, curiosamente, sinto uma satisfação mansinha.

Isto foi-se sucedendo sem que me desse conta e quando me apercebi, sorri.

É espirituoso, não é verdade?

Refunda à não existência de acasos.

Há uma senhora, na minha escola, um pouco mais velha do que eu e uma rapariga, onde vivo, um pouco mais nova.

Ambas exercem o seu fascínio sobre mim.

Vejo-as, ocasionalmente, desde que entrei neste circuito.

São ambas muito bonitas, discretas e reservadas.

A mais velha tem os cabelos compridos ondulados e a mais nova tem os cabelos curtos e vastos.

Lindos, lindos cabelos de carvão.

A dama emana uma calma, equilíbrio e temperanças que me atravessam de um lado ao outro.

No entanto, tal como as sirenas dos gregos e as águas dos lagos, que placidamente aguardam pela lua, haverá, pela certa, mistérios que são só dela.

A donzela é o exemplo de moça que cresceu antes do tempo, ri sem esboçar sorriso, gentil, delicada, espirituosa e que bela e graciosa atravessa a rua.

Mulheres tão detalhadas, delicadas como diamante.

Cruzei-me com as duas hoje.

Dei conta das vestes longas da senhora a abandonarem um corredor e deparei-me com a figura de alabastro da donzela a espelhar conversas no átrio.

Cruzámo-nos nos olhos várias vezes, o entendimento atravessa-me e falámos sem falar.

Já me disseram muitas coisas e eu gosto muito disto, gosto muito de observar e gosto, mais ainda, de ter momentos de entendimento e compreensão sem dizer uma única palavra, como se tivesse subido uma caleira e pudesse espreitar por cima das nuvens ou, descido duas, e fosse visitar a barriga da Terra.

E, ao contrário do que achei no passado ao ler o texto da senhora de negro, jamais lhes quero falar, não preciso e alagaria tudo.

Que rudimentares me parecem estas palavras para descrever tais singularidades.

É tão engraçado quando nos apercebemos de que temos almas que nos brotam dos olhos.

Almas que já viveram e vivem outros mundos.

publicado por Ligeia Noire às 21:10

09
Jan 12


Não quero que respondas, quero apenas que leias.

Eu mudei muito, eu sei.

A nossa relação mudou muito.

Quero pedir-te perdão por todo o sofrimento que já te causei, que eu sei que foi muito.

Ainda hoje não consigo entender como te pude magoar tanto, dizer-te as coisas que disse, estragar aquilo que era nosso, e apenas nosso.

Tu és como uma flor delicada e ao mesmo tempo fugidia.

Mereces ser bem tratada porque és muito bonita e pura.

Quero que saibas que ainda és especial para mim, ainda te adoro e ainda acredito naquilo que é nosso, ainda que se tenha alterado ao longo do tempo…

Eu continuo aqui, ainda que entenda que a vontade possa estar confusa.

Eu estou aqui para ti, como sempre estive, ou assim deveria ter estado e sempre estarei.

Ainda que cresçamos e as nossas estradas se vão desviando aparentemente. 

 

Post-scriptum: Perdoa-me por ter colocado aqui, neste sítio feio e por vezes cheio de olhos mas teve de ser, é demasiado bonito para se perder no tempo.

E como diz a frase que tu um dia me escreveste e com a qual intitulei o desabafo, tu sempre estiveste presente, sempre, sempre fez sentido, sempre.

Jamais conheci alguém com quem partilhasse aquilo que partilhei contigo, não sou capaz, nem tenho vontade ou coragem para o voltar a fazer com ninguém.

É como se o mundo já não fosse o mesmo.

Como dizia o Tuomas, a perda da inocência é o que mais custa e é o que nunca se recupera.

Deste-me tanta coisa rapariga, que nem tu própria tens consciência.


One sees clearly only with the heart. What is essential is invisible to the eye

publicado por Ligeia Noire às 22:50
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One sees clearly only with the heart. What is essential is invisible to the eye.

publicado por Ligeia Noire às 22:43
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04
Jan 12


Deveria estar a dormir porque me pesam os olhos e porque estou hedionda mas tem sido complicado.

Quem mais pode fechar o círculo senão eu?

Esperei que a flor-selvagem se importasse, que fosse mais do que aquilo que realmente é.

Já nem posso falar da linha vermelha, mal a vejo de onde estou.

Abri as crostas e esperei que o sol chegasse e nem assim foi possível, pois, pois, se calhar.

Fiz a minha parte, fiz a minha parte, pois sim.

Continuo na cena de considerar que gosto daquilo que és dentro da minha cabeça.

Acho que isso me conforta.

E se gostar daquilo que és fora dela?

Eu, que agora te abomino?

Eu, que sempre te bem-quis.

Ai Supremo, deixa que o rapaz, ruivamente belo, volte para mitigar a selvajaria desta flor.

Preciso que ele não largue semente.

Quando há assuntos maiores, o melhor que podemos fazer é pegar-lhes pelas orelhas e falar de unhas que crescem.

publicado por Ligeia Noire às 01:11

02
Jan 12


1. From A Dusty Bookshelf


2. All That Great Heart Lying Still


The nightingale is still locked in the cage

The deep breath I took still poisons my lungs
An old oak sheltering me from the blue
Sun bathing on its dead frozen leaves

A catnap in the ghost town of my heart
She dreams of storytime and the river ghosts
Of mermaids, of Whitman's and the Ride
Raving harlequins, gigantic toys

A song of me a song in need
Of a courageous symphony
A verse of me a verse in need
Of a pure-heart singing me to peace

All that great heart lying still and slowly dying
All that great heart lying still on an angel-wing

All that great heart lying still
In silent suffering
Smiling like a clown until the show has come to an end
What is left for encore
Is the same old Dead Boy's song
Sung in silence

 

All that great heart lying still and slowly dying
All that great heart lying still on an angel-wing

A midnight flight into Covington Woods
A princess and a panther by my side
These are Territories I live for
I'd still give my everything to love you more

 

3. Piano Black

A silent symphony
A hollow opus #1,2,3

Sometimes the sky is piano black
Piano black over cleansing waters

Resting pipes, verse of bore
Rusting keys without a door

Sometimes the within is piano black
Piano black over cleansing waters

All that great heart lying still and slowly dying
All that great heart lying still on an angel-wing

4. Love

I see a slow, simple youngster by a busy street, with a begging bowl in his shaking hand.
Trying to smile but hurting infinitely. Nobody notices. 
I do, but walk by.

An old man gets naked and kisses a model-doll in his attic. 
It's half-light and he's in tears.
When he finally comes, his eyes are cascading.

I see a beaten dog in a pungent alley. He tries to bite me. 
All pride has left his wild drooling eyes. 
I wish I had my leg to spare.

A mother visits her son, smiles to him through the bars. 
She's never loved him more.

An obese girl enters an elevator with me. 
All dressed up fancy, a green butterfly on her neck. 
Terribly sweet perfume deafens me.
She's going to dinner alone.
That makes her even more beautiful.

I see a model's face on a brick wall. 
A statue of porcelain perfection beside a violent city kill. 
A city that worships flesh.

The first thing I ever heard was a wandering man telling his story
It was you, the grass under my bare feet
The campfire in the dead of the night
The heavenly black of sky and sea

It was us 
Roaming the rainy roads, combing the gilded beaches 
Waking up to a new gallery of wonders every morn
Bathing in places no-one's seen before
Shipwrecked on some matt-painted island
Clad in nothing but the surf - beauty's finest robe

Beyond all mortality we are, swinging in the breath of nature
In early air of the dawn of life
A sight to silence the heavens

I want to travel where life travels, following its permanent lead
Where the air tastes like snow music
Where grass smells like fresh-born Eden
I would pass no man, no stranger, no tragedy or rapture
I would bathe in a world of sensation 
Love, Goodness, and Simplicity
(While violated and imprisoned by technology)

The thought of my family's graves was the only moment I used to experience true love
That love remains infinite, as I'll never be the man my father is

How can you "just be yourself" when you don't know who you are?
Stop saying "I know how you feel"
How could anyone know how another feels?

Who am I to judge a priest, beggar, whore, politician, wrongdoer?
I am, you are, all of them already

Dear child, stop working, go play
Forget every rule
There's no fear in a dream

"Is there a village inside this snowflake?"
- a child asked me
"What's the color of our lullaby?"

I've never been so close to truth as then
I touched its silver lining 

Death is the winner in any war
Nothing noble in dying for your religion
For your country
For ideology, for faith
For another man, yes

Paper is dead without words
Ink idle without a poem
All the world dead without stories 
Without love and disarming beauty

Careless realism costs souls

Ever seen the Lord smile? 
All the care for the world made Beautiful a sad man?
Why do we still carry a device of torture around our necks?
Oh, how rotten your pre-apocalypse is
All you bible-black fools living over nightmare ground

I see all those empty cradles and wonder
If man will ever change

I, too, wish to be a decent manboy but all I am
Is smoke and mirrors
Still given everything, may I be deserving

And there forever remains that change from G to E minor.

    

Lyrics by Tuomas Holopainen/Letra da autoria de Tuomas Holopainen



Post Sriptum: O dia esteve todo triste. Tristeza por todo o lado, ainda bem que anoitece depressa para encobrir a miséria.


publicado por Ligeia Noire às 17:47
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