Não quero que respondas, quero apenas que leias.
Eu mudei muito, eu sei.
A nossa relação mudou muito.
Quero pedir-te perdão por todo o sofrimento que já te causei, que eu sei que foi muito.
Ainda hoje não consigo entender como te pude magoar tanto, dizer-te as coisas que disse, estragar aquilo que era nosso, e apenas nosso.
Tu és como uma flor delicada e ao mesmo tempo fugidia.
Mereces ser bem tratada porque és muito bonita e pura.
Quero que saibas que ainda és especial para mim, ainda te adoro e ainda acredito naquilo que é nosso, ainda que se tenha alterado ao longo do tempo…
Eu continuo aqui, ainda que entenda que a vontade possa estar confusa.
Eu estou aqui para ti, como sempre estive, ou assim deveria ter estado e sempre estarei.
Ainda que cresçamos e as nossas estradas se vão desviando aparentemente.
Post-scriptum: Perdoa-me por ter colocado aqui, neste sítio feio e por vezes cheio de olhos mas teve de ser, é demasiado bonito para se perder no tempo.
E como diz a frase que tu um dia me escreveste e com a qual intitulei o desabafo, tu sempre estiveste presente, sempre, sempre fez sentido, sempre.
Jamais conheci alguém com quem partilhasse aquilo que partilhei contigo, não sou capaz, nem tenho vontade ou coragem para o voltar a fazer com ninguém.
É como se o mundo já não fosse o mesmo.
Como dizia o Tuomas, a perda da inocência é o que mais custa e é o que nunca se recupera.
Deste-me tanta coisa rapariga, que nem tu própria tens consciência.
One sees clearly only with the heart. What is essential is invisible to the eye