“We are like roses that have never bothered to bloom when we should have bloomed and it is as if the sun has become disgusted with waiting”.

16
Abr 12


Na Sexta-feira, quando entrei no expresso que, para variar, vinha cheio, sentei-me na fila do fundo.

O rapaz do lado ouvia música, o do outro, com a guitarra guardada no saco em cima do banco, ia tentando decorar o que se desenrolava num maço de papeis que pela estrutura se revelava numa peça de um qualquer dramaturgo.

À frente dele uma rapariga dormia de corpo espraiado e, na fila ao lado, um rapaz memorizava conceitos que me pareciam de linguagem jurídica mas que pelos vistos eram do domínio da filosofia, a mesma coisa, portanto.

Não uso perfume, não gosto.

Já me basta o cheiro do champô, do sabão e do gel de banho, no entanto, adoro aromas acres: o das pinhas, o dos malmequeres bravos, o da resina, o do álcool etílico, o da aguardente e quejandos.

O rapaz que lia a peça, exalava um odor resinoso e bravio que memorizei para mais tarde coleccionar.

Não lhe quis colher os traços, não importavam, importava, isso sim, a sensação que ele me proporcionava.

Gosto destas viagens porque enquanto estou em andamento, não estou em lugar algum, nem pertenço a estória nenhuma, estou no por acontecer.

É verdade, na cidade anterior, enquanto esperava e lia a revista do costume, vi o outro.

Há uns bons tempos que não lhe encontrava os olhos.

Continua em cima do escadote, acho que lhe fariam bem duas ou três cordas nos pulsos mas voltando ao assunto, tudo isto tinha, obviamente, de ser regado com notas musicais e as que se seguem estão em ininterrupto estado de fruição desde esse dia.

Não sei porquê, gosto da letra, gosto da voz, gosto da simplicidade e gosto de gostar dela sem razão, só porque me faz sentir bem.


You are a cancer spreading its wings

So selfishly unaware to the things

Your existence is doing to my well being


I feel my heart leaking

(You!) Start as a fissure, a crack in the skin

(You!) Become an ulcer permeating

If I had known all that you’d do

 

Would it hasten what I’d do to you?

I don't want to hate you, but how could I not?

You killed off so much I held dear in my heart


Take away every single pain

That infects each and every day

I will bury you once and for all

You're a monster, you're built to fall.


It's getting harder and harder to breathe

Choking on the same air as a walking disease

You are the thing that's killing me

From the inside out, let me be


I don't want to hate you,

But you killed off everything in my heart


Take away every single pain

That infects each and every day

I will bury you once and for all

You're a monster, you're built to fall


You've got your war against my head

Push that button, make it end

You've got your war against my head

Push that button, make it end


Take away every single pain

That infects each and every day

I will bury you once and for all

You're a monster, you're built to fall


Lyrics by Trivium/Letra dos Trivium


publicado por Ligeia Noire às 23:23
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