“We are like roses that have never bothered to bloom when we should have bloomed and it is as if the sun has become disgusted with waiting”.

11
Mai 12

 

Também é preciso deixar que aconteça, é preciso largarmos as cordas, é preciso deixarmo-nos cair.

Apaixono-me todos os dias por aquilo que amo.

É uma delícia sabermo-nos dentro do círculo mágico.

Vivo dentro de coisas feias mas tenho-as, de pérolas, revestidas.

Um dia, vi um caído e nunca escrevi sobre isso.

Se me perguntares como se afigurava, eu não te saberei esclarecer porque estando viva, morri, e depois de morta acordei sonhando.

Por poder vê-lo, dormi a noite numa cidade estranha, em cima de um banco prateado.

Eles, eles que já não escrevem e nem sei se vivem, eles que eram os últimos, abriram-me os portões para que o visse e para que, de lá, jamais saísse.

E como poderia eu querer sair do sítio onde os meus olhos desconhecem a domino?

Continuo a achar que o Homem de sorriso de sardão foi um órfão, criado por um monge lá longe e ela, a Senhora de Negro.

E, levei o meu tempo a bebê-los e, levei as minhas mãos a enlaçarem as deles e, devagarinho, enquanto não me sentia segura, fui-lhes piscando os olhos, depois…. Depois era eu e eu, fui eu e eu e descobri portas e portinholas em carreiros desconsertados, pelos portões de ferro cingidos.

E, num "era uma vez", houve uma vez cheia de sorte, cheia de acasos e, bafejada pelo Senhor da luz completa que me levou à cidade estranha, onde o caído nasceu do nevoeiro e onde fui a Laura pela primeira vez.

 

Come in from the cold

I'll owe you my heart

Be my shelter… be my refuge for the night

Love of my life

Pour your light

On the faith I can feel

Make it real

In her sleep

 

E sim, tu deste-me a tua espécie de céu.

 

publicado por Ligeia Noire às 01:43

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