“We are like roses that have never bothered to bloom when we should have bloomed and it is as if the sun has become disgusted with waiting”.

04
Jun 12


Tenho de ir comer e falta-me a vontade de levar verbos modais a sério.

Não achaste que esteve muito calor hoje?

Os homens das obras, por certo, concordam comigo.

Oiço Les voyages de l'âme que actua como um bálsamo para almas ao descoberto.

A beleza dela não a posso dizer.

Estou cansada, estou triste, estou farta, estou... E acho que é esse o meu único sentido: o estar ali e acolá, sem nunca ser.

Às vezes, gostaria de ter a coragem e o dinheiro para poder ir-me e começar tudo num sítio onde fosse completamente desconhecida e onde tudo me fosse também desconhecido.

Vejo as minhas mãos, estas mãos, a reterem-me os movimentos da garganta e, no entanto, sei que não são as únicas a tingirem-na de rosetas.

Estou cansada e estragada e reparo que todas as palavras que aqui escrevo são realmente aquilo que quero dizer e aquilo que sinto, sempre.

Sou mais verdadeira escrita que olhada.

Já perdi toda e qualquer esperança de me ver inteira.

Havia alguém muito triste, muito triste mesmo que um dia chorou porque… na altura não compreendi, hoje leio um parágrafo de um miúdo de catorze anos que diz gostar de futebol, de viver e de jogar no computador e choro.

Um destes dias vi um rapazito com um guarda-chuva e a forma como andava fazia-me lembrar um santieiro, isto se eles andassem, tive de apressar as minhas pernas, um pouco maiores do que as dele, para poder esconder o coração no armário.

Ele podia ser meu filho e, olhei para dentro de mim, vi uma casa de pedra no meio de árvores verdes com uma mulher de cabelos muito compridos, um homem, O Homem, e um rapazinho que dormia a noite.

Nunca disse que não, nem estou a dizer que sim.

São mundos que vemos, mundos de outros receptáculos, talvez.

Tenho medo, tenho medo em todos os momentos em que me olho ao espelho.


Les voyages de l'âme

 

Ce soir sans doute mon âme,

Asservie, usée par les bas chagrins,

Sentira le besoin de fuir sa prison de chair.                                     

Très loin de nous, de notre temps,

Elle s'en ira rejoindre les étoiles.


Elles lui parleront de sa propre existence

En des mots purs et silencieux,

Et lui montreront un chemin

Menant vers les havres inconnus

Reliant ciel et terre.


Ces contrées lointaines

Où les hautes herbes dans les champs vermeils                               

A jamais valsent avec la lumière;

Où peuvent librement errer

Tous les souvenirs de nos vies sur Terre

Que le temps vengeur aura voulu effacer.

 

Lyrics by Alcest/Letra de Alcest

publicado por Ligeia Noire às 22:37
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