Sim, já sei, já sei…
Tenho de cortar na acidez mas é mais forte do que eu.
Estou cansada de discussões, fisicamente cansada, tenho a garganta arranhada e o frio é tanto que me doem os dedos.
O resto, os destroços que andam por aì às voltas, meu, a sério... antigamente costumava franzir o sobrolho e dar-lhes uma fatia de broa barrada com a condescendência da idade, agora que se me acabou a paciência, só me apetece subir-lhes pelo esqueleto e cravar-lhes os dentes na carótida.
Mas o sangue deste não me interessa.
Já aturei uma parasita da mesma linhagem e como sou toda inteligência, estava quase a guardar outro no bolso.
A pontaria. Irra!
Faz-me lembrar daquela moça de cabelos claros que me detestava porque eu não era padecente, tapete, sorrisos, ena!
Ei ó, sabias que sou pobre?
Detestava-me sei lá porquê…
Não porque me vestisse de forma a ofender-lhe a vista de moça simples e simpática e responsável e mais umas lascas de virgem ofuscada.
Vista essa, que no escuro do quarto cor-de-rosinha, lhe mostra uma rapariga mais válida do que os palhaços, ah pois ouvi sim.
Vê lá se um desses velhos, carecas e de nariz vermelho não se senta na cadeira almofadada disposta do lado esquerdo da tua cama e fica a ver como se coadunam as suas pestanas com as tuas bochechas…
Buuuuuu!
Longe de mim querer comparar-me ao reverendo americano mas lembro-me de acharem que ele se ofendia muito quando o chamavam de palhaço em busca de atenção…
Recordo-me de um festival lá p´ra Mourolândia, em que correu o rumor de que ele teria entrado num café local, isto na altura da era doirada do grotesco.
Quase que o consigo vislumbrar vestido com aquele pungente fato de vermelho sangue e de cartola laçada a condizer pedindo uma bica… imagina o quanto se divertiu…
Percebeste o que quero dizer?
Estes fulanos ficam sempre à porta do que desdenham e não há problema nenhum porque não foram convidados a entrar mas, então porque vos comportais como se conhecêsseis o que está lá dentro?
Tudo lhe parecia exuberante porque ela me vestia com a infantilidade que, presumo, ainda agora lhe perdurar no polegar em que chucha à noite.
Mal lhe sabia o nome e ela fazia questão de faiscar os olhos sempre que lhe tapava o sol.
Esqueceram-se de lhe dizer, lá naquela família perfeita e cheia de amor que ela acha que tem, que nem tudo o que luz é oiro, ó fofinha.
É como o pântano que na sua exuberância uterina não despreza a singeleza da tona.
Ou seja:
Não é porque usas calças de ganga e camisola estampada, que o nariz vermelho não se esconde aí na tua mala de mulher moderna.
Se soubesses como é divertido usá-lo…
Vês Supremo, eu sou boa é a instilar repulsa.
É que eu até a achava harmoniosa.
Era mais numa de veneno-de-cobra-cura mas ah e tal foda-se, já escrevi demais sobre coisas de adolescentes mas isto vai dar naquilo e ah e tal quem manda aqui sou eu (voz do Drácula português do Edgar).
Não assinei contrato nesta coisa do negro mas sabia que haveria os das visões súbitas a fazerem de mim mais do que aquilo que alguma vez fui.
Ó pá pronto, até é giro, parece um filme do homem loiro.
Isto de falar de ninharias quando tudo o que me rodeia é a luxúria, a carnalidade e a vontade que são estes Deftones é um pouco enlameado.
Nem tão pouco dá para ir lá atrás buscar seriedade.
Não consigo pensar, senão de forma cíclica.
Era de espetar aqui as letras todas, não era?
É muito amor.
Complex
Priestess
Come down
Contact
Reach us
Go wild
I've chased your name
I've sailed
All through space
To watch this
Come down
Teach us
The rules
Your concept
It keeps us
Provoked
Remove your veil
Let me light you up
I'm on your team
Let's go
Face to face
Light stare
My custom made
Nightmares
Armed with teeth
In fashion
Now all we need
Is action
Complex
Priestess
Come down
Contact
Reach us
Go wild
Remove your veil
Let me light you up
I'm on your team
I'm the antidote
The rocket's taking off
Tonight
It's time
Take me
I'll light you up
Take me
Up
Royal by Deftones/Royal da autoria dos Deftones