“We are like roses that have never bothered to bloom when we should have bloomed and it is as if the sun has become disgusted with waiting”.

09
Mai 13


I

Quando comecei a ver o filme senti que iria ser uma desgraça, como poderia conseguir transportar-se tamanhos conceitos para o cinema, uma obra onde as personagens são apenas ilustrações, possibilidades do escritor, onde se fala do tem de ser e da queda e do abismo, de existir, não, não se pode.

Então, lembrei-me do que aprendi nas minhas esparsas aulas de literatura e cinema, um filme adaptado de um livro é uma obra nova, não tem de seguir a perspectiva do livro e, assim, comecei a apreciar o dito, até porque tem mais de duas horas e dá tempo para pensar em gostar-se dele ou não.

Já o tinha tentado ver há uns dois anos mas ou adormeci ou não me cativou ao início.

Não me vou pôr p'ra aqui a analisar um ou outro porque não sei ser imparcial, objectiva ou construtiva.

Gostei da brisa leve e cómica com que o realizador escolheu permear a acção e pronto.

 

 II

 

Porque eu encontrar-te-ei, sou mais alto do que tu e posso dizer-te que não precisas repensar e pesar o mundo todo naquele punhado de segundos e sei que ao dizer-to, deixarás que suba aos olhos a alforria de que eles precisam para me mostrarem que somos da mesma laia.


Unleash The Red, Lucifer’s Chorale e When Love Starts To Die estão à altura do que eu esperava que este disco fosse mas são só estas, há umas mais próximas destas, outras menos… e, agora que a impulsividade se foi, vou clareando a percepção e admitindo que o erro começa logo no "eu esperava que" olha, foda-se minha cara, vai ouvir outra coisa porque não falta o que ouvir... mas eles ainda brincam mais comigo porque, apesar de tudo isto, dou por mim a ouvir várias vezes esta açucarada mas, curiosamente, praticável Hearts at war e a canção falou comigo e disse-me tudo isto:

 

So, after all that we have done
Are you feeling cold
Like the winter sun
and have you thought about all the words that
We left unsaid?
Don’t be scared
You shouldn’t be

Hearts at war
Drunk on dreams
Of all that’s been lost now
Let them bleed
Just let them

Run away as far as you can
And hide behind all the promises
But I’ll find you
Cause you’re a fire
And I’m the rain
Don’t be afraid


Hearts at war

Drunk on dreams
Of all that’s been lost now
Let them bleed
Hearts at war
Think of love
There’s no escaping
What we have brought upon ourselves again

Hearts at war
Drunk on dreams
Of all that’s been lost now
Let them bleed
Hearts at war
For thinking of love
And there’s no escaping
What we have brought upon ourselves again

There is no way, I’m waiting
We’ve brought this upon ourselves again


Lyrics by H.I.M./Letra da autoria dos H.I.M.


Se ele soubesse mais do que o meu nome e o meu ego bêbado, se ele soubesse deste caderno medicamentoso, ya isso.

No entanto, ele sabe que sou uma rapariga que se veste de negro, incerta, ambígua e amiga, muito, da amiga dele.

E que sei eu dele?

Não quero saber nada.

Foi para isto que vim aqui hoje escrever, estava era a tentar prolongar a coisa mas não consigo, quanto mais ansiosa e inquieta mais preciso de escrever, para controlar o desassossego.

Uns, sabem de antemão que vivem o peso e esperam do peso a validade da vida, outros vivem a leveza de uma existência que vai arrecadando pontos no carreiro que leva à morte desde o dia em que se nasce.

Outros, ainda, adormecem em Sextas-feiras leves e acordam para Segundas-feiras pesadas.

Esses, que são volúveis, têm dias em que desejam, de todo o coração, que o seu corpo seja hóstia e que, ao comungarem de si, os outros consigam a felicidade.

Noutros dias, esses volúveis, vão fitando as notícias e esperam que a Coreia não esteja a brincar e encete fogo no rastilho porque não poderiam estar mais à vontade com a liberdade de não serem mais.

 

publicado por Ligeia Noire às 00:41

mais sobre mim
Maio 2013
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4

5
6
7
8
9
10
11

13
14
15
17
18

19
20
21
23
25

28
30
31


Fotos
pesquisar
 
arquivos
subscrever feeds