“We are like roses that have never bothered to bloom when we should have bloomed and it is as if the sun has become disgusted with waiting”.

29
Ago 13

 

Pelo menos cada vez que vejo o Trent Reznor mato saudades do Jack Shephard. Até a forma de andar é similar... e era isto. Já agora, grande canção. 

publicado por Ligeia Noire às 13:04
música: "Copy of A" dos N.I.N.

26
Ago 13


Prima Stanza: scura

 

A última vez que aqui estive, sentada nas escadas da estação de camionagem, à espera de boleia, o sentimento era bem distinto.

Curioso, e ao mesmo tempo ridículo, como os meus dias de anos são sempre miseráveis, no entanto, acho que este bateu todos os recordes. Desde ter ido trabalhar, que por si só é razão suficiente para uma visita à casa amarela, até à dor de costas que amanhã prosseguirá, duplicada, porque é mais uma fornada que se avizinha.

Sim, sou uma espécie de escrava e isso deprime-me.

Enquanto espero, de vestido preto, meias até ao joelho e sabrinas e sentada nas escadas, de auscultadores a protegerem-me, pelo menos, os ouvidos, vai soando o novo dos Watain, ouço-o pela simples alusão que foi sendo feita em várias críticas aos meus Nefilins, em relação à canção: "They rode on".

E conto isto porque nunca os tinha ouvido antes, o que conheço deles é a imponência e a hegemonia do nome na cena e as entrevistas que o vocalista ia dando, gajo bastante culto, interessante e carismático.

E, não sei o que dizer do álbum, se gosto ou não gosto… sou da segunda vaga do metal negro e tudo isto me é novo, no entanto, sei dizer que, sem dúvida, a canção supracitada é tudo o que disseram dela.

Faço anos e tenho raiva, nem sei bem porquê, faço anos e espero que todos se esqueçam e não aconteça, faço anos e aproximo-me da decadência que, por agora, apenas me circunda a alma.


Aos vinte e quatro dias do mês de Agosto, dia do Diabo.


Seconda Stanza: candida

 

Chego a casa e sento-me, chego a casa e sento-me à mesa, sentada sinto-me cansada desde o choro primeiro, ligam-me, estranho o que me dizem, não conheço, não sei de entrega alguma, flores? Quais flores? Não quereria o gajo dizer livro mas é Sábado e o livro que comprei não poderia chegar a um Sábado.

Indico o percurso a seguir ao homem e peço à minha irmã que vá ao caminho buscar as ditas porque me doem as pernas e os pés, ela chega à entrada ladeada por pedras de um portão que já não existe e deixa-me entrever um bouquet de rosas vermelhas envolvidas por gipsófila branca e folhas largas verdes a ornar todo aquele escarlate, há uma larga fita vermelha que enlaça os finos caules e outra branca com um brilhante que a fecha.

Abro o bilhete e vejo um nome apenas, o nome do Cavaleiro-das-terras-brancas e sinto-me toda.

Há surpresa desmedida, há alegria mas há, acima de tudo e de todas as coisas, uma justiça imensa com o divino porque durante as restantes horas deste dia consegui voltar à rapariga que fui na cidade nevoeirenta, consegui sentir-me como me senti lá, longe, nova, normal, começada no caminho certo.

 

Terza Stanza: incolore

 

É o primeiro dia em sete que não vou trabalhar, posso descansar as costas e as pernas da senzala e das correntes e, se exagero, perdoar-me-ás com certeza.

Ontem, quando cheguei ao trabalho e me preparava para vestir a farda, a minha mãe liga-me para dizer que a minha avó tinha morrido, a minha avó materna de que falei no outro dia, prossegui para o ofício e troquei a minha túnica negra pela farda cinzenta enquanto pensava que, pelo menos durante um ano, ninguém me iria chatear quanto ao negro que visto.

Esta minha avó é também minha madrinha e há uns meses que andava neste circuito de hospital-casa, casa-hospital, não que eu saiba porque a última vez que a vi a mulher ainda falava e andava, estava acompanhada pelo meu avô e iam à missa das sete de Sábado e eu ia à junta de freguesia buscar um atestado não sei de quê.

Quando era mais nova e ainda levava o leite à leitaria, pensavam que eu era filha dela, dizia uma velhota que eu lhe era tal e qual em figura, quando tinha a minha idade, confesso que fiquei orgulhosa porque naquela altura ainda ela sabia que era minha madrinha, e ainda nos ia visitando e nós a ela e, a forma como tratou a minha mãe e o meu pai no passado tinha ficado para trás, mas depois houve ruído no canal, tios que desprezo, primos que desprezo, irmão e cunhada que desprezo e pronto lá foi a cena toda.

Não sei se a minha mãe lhe perdoou verdadeiramente, hoje, quando se despedia do caixão que baixava à terra, pela forma daninha como a criou ou se a absolveu de a ter excomungado por ter casado com o meu pai mas, se perdoou, não esqueceu e nunca esquecerá.

O primeiro filho dos meus pais, nomeio-o assim porque não o considero meu irmão, foi criado com eles, com os meus avós, é uma longa história mas posso resumir-te toda a embrulhada a: eles nunca nos incluíram ou respeitaram ou engoliram porque somos pobres, porque não temos nada e porque mesmo assim nunca deixámos que nos calcassem.

É tudo mais ou menos uma escumalha, bem, mais ou menos todas as pessoas o são, mas o bom e o bonito disto tudo foi perceber nos olhos deles todos que enquanto o padre dizia as últimas palavras e o corpo era carregado, eles subiam ao meu nível e davam-se conta de que a morte é.

A morte chega e é certa.

E, curiosamente, lembrava-me das palavras do Valo, aquando da famosa e já aqui, vezes sem conta citada, entrevista de 2007 em que ele falava do tiroteio que houve por essa altura na Finlândia, um rapaz numa escola que matou não sei quantas pessoas, dizia ele, a propósito disso que, às vezes, é preciso uma catástrofe para que vizinhos que se odeiam, dêem as mãos, que sim é mesmo preciso um infortúnio que lhes abane as certezas e que os faça recordar da sua humanidade e insignificância para com a ordem das coisas e, estas, são palavras tão certas como a morte.

Estava eu à beira dos meus irmãos, os únicos netos que se deixavam à margem e reparava em toda aquela gente de negro, nas flores, nas campas, nas lápides, nos meus pais que choravam, em tios-avós que choravam e baixei a cabeça para admirar a minha sombra desenhada no chão e no cabelo que esvoaçava e não tive medo porque sempre soube o que era a morte desde que tinha sete anos, sempre soube que nada vale a pena, tudo morre, tudo são palavras lançadas ao vento.

Chorei porque vi o meu avô chorar, chorei porque o senti velhinho e indefeso e desmedidamente triste mas não chorei muito e até ali não senti grande coisa, diziam que ela era fria e gostava de roupas escuras, eu gosto de roupas escuras também e, há dias em que o vento nas flores do monte me faz chorar, mas há também outros, em que só quero que o Mundo acabe.

Como a vida é inútil, como a vida é perdida... é isso que mais me dá pena.

 

Quarta stanza: piccola annotazione di chiusura


Acabei de ver o último episódio do Lost ontem à noite.

E queria dizer, queria frisar, queria deixar escrito, o quão aquelas pessoas e aquele fio entrelaçado da vida delas e da verdade ou (in) verdade do mundo que as envolveu, se enovelou em mim.

Como sentirei saudades, como sentirei saudades de todos e da ilha, como…

Sem margem para dúvidas, a melhor e a mais engenhosa série de televisão alguma vez feita, não há como suplantá-la.

E, agora, de volta à cinzenta e lusitana realidade.

 

 

publicado por Ligeia Noire às 16:24
música: "They rode on" dos Watain
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18
Ago 13

 

Estou ainda com os olhos mais ou menos nublados e, enquanto escrevo, vejo as minhas unhas vermelhas a acompanharem as letras... penso-me.

O vestido e os sapatos estão ao fundo da cama, a cesta ficou lá, vazia.

Continuo triste, continua a apetecer-me chorar, há muita tristeza aqui.

Lá longe oiço tambores, lá longe ficaram pétalas e olhares mumificados nas pedras onde calculava o tamanho dos meus sapatos, oiço Nhor, dos três, Nhor veio comigo para a gaveta.

Quanto mais os via radiantes: os prometidos, os meus amigos, os velhos, mais me caía nas costas a sôfrega vontade apertada de me desculpar e voltar à brisa nocturna e chorar as tripas e os gargalos de garrafas que já não me adulteram ou fazem normal.

Supremo, ai Supremo que tristeza desmedida, que cansaço de ser, que desvontade me aflige que já nem aos meus amigos broto meios sorrisos.

Todavia, não presumas a direcção da cerimónia por minhas palavras porque tudo correu como deveria correr.

As palavras, a impaciência e a beleza dela, as flores…

No livro escrevi apenas felicidades, não quis ser mais, felicidades foi o que escrevi.

E, de tudo, recordo dois amigos de antes, dois amigos que vieram de longe e me disseram que, mesmo em todo aquele vermelho, eu conseguia sempre ser-me e encontrar-me nos detalhes, a dos cabelos negros diz que eu lhe lembrava uma dama antiga, no meio da conversa da manhã que se prolongava sem rodeios, ainda me esforçava por ser a rapariga de antes, a que ria e recreava os outros, comprazi na mesma mas fui toda oca.

Quis voltar à cama mas, pensando bem, nem era bem à cama ou ao passado, mas à não-vida, não me sentia culpada ou errada, eram os que me rodeavam que não eram iguais, estavam forçados, distantes e crescidos e eu odiava-os naquele instante.

Vi o amigo da amiga, o daquela noite, durante a tarde vi-o e à noite voltei a vê-lo, ora ali, ora acolá, dançava com aquela e a aquela outra e a amiga fingia não se amofinar, estava divertido e entusiástico como sempre, odiava-o também.

Comi devagarinho, e o chocolate ali, que dispensei, porque passou a ser acto ritual.

Sabes, entristece-me sobretudo toda esta coisa de festa, toda esta, por vezes, encenação (que o tem de ser) em conflito com o dia de amanhã, acho que é esse o meu tormento, estou sempre no acabar, no depois, na nostalgia dos pratos com migalhas, nas fitas calcadas debaixo das mesas, nas flores secas, nos vestidos amarrotados, nas salas vazias, nas fotografias que não crescem e não mutam e por isso lhes invejamos e carpimos a perfeição.

Nos gestos efémeros do amigo da amiga que encontrámos nas traseiras, enquanto esperava que fumassem para tomar um café e lhe observava a cadência e o sorriso com que organizava a surpresa.

Foram folhas de fiteiro, garrafas, papel e outras malandrices com que ia enfeitando o carro, imagens que me iam chegando ao canto do olho direito.

Já havia luar e eu não havia nada, tudo ali se me oferecia se quisesse mas eu não queria nada, senão ser outra, confesso-te aqui e agora, ser outra sim.

Não sei, se sei bem dizer isto, se calhar até nem é bem isto que sinto mas por agora é assim que o pergaminho das despedidas me invade o coração, ser outra, uma rapariga mais coadunada, mais tudo e menos tudo.

Às vezes canso-me de não saber ser e de nunca encontrar o alçapão.

Às vezes, gostava que todos os outros dissessem que não sabem ser também ou serei apenas eu?

Eu que não aceito, eu que não quero, eu que não vivo, eu que não progrido, eu que não choro sem paredes, eu que não finjo ou só finjo, eu que não sei, eu que não sei ser.

Eu que só estou e que compreendo que ele e o chocolate ou o champanhe que não bebi, não iam mudar nada, porque nada mudaram no passado.

Quem sou eu meu rei?

Quem sou eu que me resvalo pelas entranhas do mundo e me deixo conservada em vinagre que vai vertendo na infinita roda do destino?

Que pessoa sou eu, meu rei e senhor, que não se completa, não sorri por dentro e não recebe de ti a bênção da evasão final?

Meu amo porque não me alforriais?

Por que me acorrentais e esgaçais o pescoço neste sem-fim de sentimentos nublados e desarranjados que me corroem a barriga e me devastam o peito?

Por que existem outros aqui, neste vosso reino, por que existem tantos outros, tantas mãos e sorrisos e vontades e coisas que eles fazem ali ao fundo e no canto e lá fora e me chegam pelos cantos dos olhos?

Quero-as tanto como comer baunilha mas depois vou e já não quero e já não sei e já não sou e já não desejo mas sigo igual, estancada e desiludida por não ser uma rosa fresca e matutina.

Eu duro.

A vossa vassala, humilde serva, destituída de albergue, enxerga e um prato de comida que sacie, deambula por caminhos alumiados pelo luar à procura da vossa graça, do vosso consolo.

Ofertar-vos-ia os meus ouvidos e as minhas mãos para me curardes, enrolardes no vosso colo e me ensinardes a ser uma pessoa direitinha, uma alma sem resquícios de águas silentes de juncais.

Meu rei, soberano de mim, a ti me entrego, todo o meu ser a vós se entrega, já não sou minha, nunca me fui, talvez…

E, talvez, se calhar, só neste caderno medicamentoso, caderno de horas, o tenha esclarecido.

Rei celestial, rei de mãos duras e cabelo comprido, amai-me, refazei-me, sou eu, aqui, aqui na beira do rio, vestida de sargaças à espera que me entrances o cabelo, amo-vos.

 

publicado por Ligeia Noire às 12:19
música: "The branches are gathered" de Nhor

15
Ago 13

 

Se calhar é sinal da idade, não é que dantes fosse diferente, nunca foi de ânimo leve que enfrentei sítios que negam música, se é que me faço entender, mas como as minhas ressacas estão cada vez piores, ou melhor, sempre foram uma desgraça, já mal bebo e, consequentemente, já não é tão fácil abstrair-me da música de merda, o "restaurante" e tudo o que lá sucedeu foi sem mácula.

Então, ter oportunidade de ouvir Rammstein e Manson pelo meio das musiquinhas das rotinas, onde eles eram feios e delas aproveitava-se uma e, juntando-se as performances da Dita VonTeese nos ecrãs e os amiguinhos que se juntaram às nossas tarefas e à festa que encetámos, é, valeu mais cinco pontos. Gostei de toda a parafernália envolvida e do vermelho das paredes mas esqueçamos os demais porque dançarmos as três como nos velhos tempos, principalmente com a rapariga-que-tem-nome, ali…

Depois, confesso que não me importava de ficar apenas à beira-rio a beber vinho tinto e a contemplar a vista inigualável, sempre fui a gaja dos concertos e das noites privadas ou dos jardins e cemitérios à noite ou então estou apenas a ficar sem paciência.

A coisa boa disto tudo é que acordo fresca que nem uma alface, o que no meu caso significa as olheiras do costume, dores nas costas mas cabeça no sítio, se calhar foi ele que me pôs assim, mostrou-me o outro lado e agora tudo me parece fosco, reparar que o banquete ficava a dez passos de tudo o que foi há umas semanas... as aparentes coincidências matam-me.

Faltam dois dias, encomendei uma tela de presente, espero que goste, falta-me decorar a cesta e ir à caça de pétalas, ela quer que seja eu a vesti-la, a laçar-lhe o corpete e eu quero também, a de cabelos de trigo estava nostálgica, chorou, abraçamo-la e sentimos que não tinha passado tempo nenhum desde o ramo de couves à mesa da cozinha mas, ao mesmo tempo, passaram levadas de água e bebidas que se tornaram demasiado doces.

publicado por Ligeia Noire às 12:21
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12
Ago 13

 

Depois de um fim-de-semana de intensa escravatura, em que me agarrava a esta semana para me alegrar e erguer a cabeça acima das tontas aves migratórias, devo dizer que me sinto uma merda, triste e sei lá. Acho que vou prosseguir a ler o livro do orelhas e a descobrir estas pérolas da Prophecy: Nhor, Camerata Mediolanense e Vàli e esperar que a serotonina desça.

publicado por Ligeia Noire às 12:21
música: "Sune" de Nhor
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04
Ago 13

 

Já não via um filme tão genuinamente bom e bem feito há muito tempo, uma pena que o rapaz tenha morrido num acidente tão ridículo e não possa continuar a presentear-nos com actuações como esta, ou como o icónico Danila, uma pena mesmo.

publicado por Ligeia Noire às 12:21
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03
Ago 13

 

Já tenho o vestido e ele ama-me e elas já voltaram e o meu mês já aqui está e há céu azul e o sol vai espreitando pelo meio das videiras e tal como vamos à confissão, deveria existir uma saleta com uma figura de capuz para nos espancar sempre que disso necessitássemos.

Estou triste, não me apetece falar com ninguém, nem estar com ninguém, sinto-me inútil, danificada, destruidora, anulada e não prossigo porque me faz mal e porque é humilhante, repetitivo e foda-se.

É culpa, é insatisfação, mas de que raio preciso eu?

Tenho a sensação de que mesmo se tivesse isto e aquilo, esta merda haveria de voltar na mesma.

É Líam que toca e apetece-me chorar, já não sei o que fazer e dizer que me sinto revoltada por não sair desta merda de túnel, é um eufemismo.

Porra… é que isto, raios que ódio, sinto-me injustiçada porque é como se estivesse condenada ou uma merda do género, mesmo que tenha feito isto e aquilo, tenha isto ou aquilo, há sempre uma traça ali dentro, uma ratazana, um não sei quê, vindo não sei de onde.

Uma vez um amigo disse-me que eu necessitava disso, de cair, da melancolia, se o faço não é de propósito, se está tudo bem e sou eu que enegreço a paisagem, então não me culpes, culpa a outra de mim, a que viveu antes porque eu já não sei quem sou ou se há remédio para isto de que, aparentemente, sou feita.

E não, não vale a pena falar, só escrever para os mortos e para as almas vadias, não quero que venham com braços e mãos e sorrisos, só de formular a situação ainda mais me enterro e escondo e procuro adagas e arame farpado para manter tudo isso do outro lado da escarpa, odeio-me e quero morrer mas foda-se Supremo cala-te bem calado e ri-te apenas da minha invertebralidade e imperturbabilidade porque eu sou aqui há tanto tempo, eu sou aqui há tanto, tanto tempo, que abro sorrisos e vontades de ouvir e ajudar sempre que quero, mesmo que me sinta a mais reles das criaturas debaixo do sol, já agora que se foda o sol também, se ele não fosse tão novo já os meus problemas teriam acabado sem que eu movesse uma palha, sem que me pudessem culpar ou descobrir pela salvação.

 

publicado por Ligeia Noire às 10:57
música: "II" dos Líam
sinto-me: Vamos sem olharmos para trás.
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