“We are like roses that have never bothered to bloom when we should have bloomed and it is as if the sun has become disgusted with waiting”.

25
Set 13

 

Rés-do-chão

 

I find myself in love

The fall of you defining me

I’m always home with her as a shield

You are me.

Gosto muito deste trecho, principalmente a forma como o sujeito se dá conta do seu estado…

«Então como te encontras?

Cá eu encontro-me apaixonado…»

Um feliz acaso de palavras.

 

Étage 1: I'm scared of swimming in the sea

 

Estou na cama ainda, dói-me a cabeça e não me apetece ir já pro mundo, tudo é fumo lá fora e coisas de fazer. Fui trabalhar estes dias e em modo Staccato:

How

Did

You

End

Up

In

Hell?

E eu lá sei…

 

Étage 2: I hate being undermined

I'm afraid I can be devil man

And I'm scared to be divine

 

Três concertos e, escolher, deveria ser-me vetado, Altar of Plagues, Alcest e Tarja Turunen. Acho que já se esta a prever qual vai ser, não posso estar no mesmo país e não ir, tenho de presenciar e pronto, dê por onde der.

 

Étage 3: When I allow it to be

There's no control over me

I have my fears

But they do not have me

 

Sim, já deu para perceber que ando a ouvir o novo álbum da Sirena, é curioso como nunca lhe perdi o rasto, ao contrário dos Nightwish, que já vão na terceira vocalista e ainda por cima uma que nunca me despertou paixões. A Tarja é especial e eles sempre o souberam, principalmente o Tuomas, no entanto, em nenhuma banda de metal sinfónico ou quejandos há um letrista como ele, o domínio de inglês que lhe permite escrever verdadeira poesia, é raro. Faltam esmeraldas, rubis e diamantes que lhe coroem a voz, faltam as palavras dele, as estórias do dead boy. No entanto, também lhe falta a ele a centelha… continuo a encontrar verdadeiras maravilhas nos Nightwish, a Poet and The Pendulum ou a Song of Mysef mas falta enoquiano para elevá-las aos céus, falta a voz dela, o sotaque dela, aqueles olhos verdes brilhantes, os vestidos, a graça, aquela mulher domina o palco, abalroa-o, a voz cobre o registo lírico e o dramático numa agilidade imperiosa. Sempre de saltos que tocam os céus e cabelos negros em esplendores de Inverno, é assim que uma deia se comporta, sem dar explicações e sendo inalcançável e toda de gelo, menos quando os olhos se lhe desaguam na música, posso dizer que há três mulheres que me conquistaram o coração, a minha Rainha grega Galás, a Sirena Finlandesa e a Dido não a de Cartago mas a sua congénere holandesa.

Sílfides de ser.

 

Étage 4: I'm afraid of loving women and I'm scared of loving men

 

Tenho mais um casamento nos dias que se avizinham, confesso não me apetecer muito ir, já não sei como me comportar sozinha com a rapariga-que-tem-nome, nunca pensei dizer isto mas se a outra estivesse lá, se calhar… sentir-me-ia mais à vontade. No entanto, tenho curiosidade de voltar a rever todos os meus amigos, quanto tempo não passou desde que éramos seis e contentes?

 

Étage 5: Memoria, no one hurts like you

 

E ele diz: eu gosto muito de ti e eu sorrio sozinha em cima da cama com as letras a dançarem-me toda.

 

Étage 6: She is a killer

 

A deusa Fínica terá de esperar por mim…

 

Étage 7: Va la niña, al llamado del mar

Cabellos de agua y piernas de sal

Mejor dejar el cuerpo, no volver

Que anclarse a morir

 

Porque só poderia ser Alcest a escolha do precipício.



Aos vinte e dois de Setembro de dois mil e treze.

 

publicado por Ligeia Noire às 11:13
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15
Set 13

 

Sabes que ferro e despedaço a qualquer momento, quando estiveres descansado a beber das águas plácidas e serenas que correm por aqui, estraçalhar-te-ei a garganta de um trago por ter sede também: brinco.

Saudades minhas?

Eu tinha, e muitas, sinto-me bem hoje e sentir-me bem é sentir as costelas, os nós dos dedos, esticar as pernas, desnudar a cintura e contorná-la, em suma é ter meneios e delicadezas de carniceiro por roupas finas.

Mãos rugosas, sim mãos rugosas a contarem-me as costelas é bom, acalmia e vai buscar a faca e beija-me.

Que fome tenho, que vontades aguçadas e desejos acres se me desaguam destas unhas rosadas.

Ia falar de Black Sabbath e o quanto gosto da simplicidade do finado Dio à circense efígie: Ozzy, talvez concluir com as minhas preferências quanto ao novo dos meus NIN mas olha quem chegou a casa de uma viagem de mochila às costas para fodas e noitadas em carpetes alheias?

Quando aquela voz daninha bate, eu só tenho é de abrir e morder-lhe as bochechas.

publicado por Ligeia Noire às 11:32
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03
Set 13


I want to fly into the sun

Need faith to make me numb

Live like a teenage Christ

I'm a saint, got a date with suicide

 

Oh Mary, Mary

To be this young is oh so scary

Mary, Mary

To be this young I'm oh so scared

I wanna live, I wanna love

But it's a long hard road, out of hell

I wanna live, I wanna love

But it's a long hard road, out of hell

   

You never said forever, could ever hurt like this

You never said forever, could ever hurt like this

 

Spin my way out of hell

There's nothing left of this soul to sell

Live fast and die fast too

How many times to do this for you?

How many times to do this for you?

 

Mary, Mary

To be this young I'm oh so scared

I wanna live, I wanna love

But it's a long hard road, out of hell

I wanna live, I wanna love

But it's a long hard road, out of hell

 

You never said forever, could ever hurt like this

You never said forever, could ever hurt like this

 

I wanna live, I wanna love

But it's a long hard road, out of hell

 

Long hard road, out of hell

 

I wanna live, I wanna love

But it's a long hard road, out of hell

 

Sell my soul for anything, anything but you

Sell my soul for anything, anything but you


Long Hard Road out of Hell by Marilyn Manson/Letra da autoria de Marilyn Manson


publicado por Ligeia Noire às 15:15
sinto-me: Oh Mary, Mary, Mary...

01
Set 13

 

Ainda não o ouvi, estou no Aenigma, ainda, eu sei.

Já o ouvi tantas vezes e não me canso, estes sim, são os In Vain do Latter Rain, tenho para mim que a forma melódica como entoam os refrães, por si só, faz milagres.

São verdadeiros cânticos dos cânticos e desculpem lá a associação religiosa que eu sei que detestam.

A fotografia da capa do Teethed Glory & Injury deixa-me fora de mim.

É àquilo que eu chamo sensualidade exacerbada.

Primeiramente porque é uma mulher e as mulheres são mais bonitas do que os homens, depois porque não há cores, depois porque os cabelos são senhores de si e por fim a forma ofertada como ela concebe o corpo aos deuses... as palmas das mãos viradas para cima... parece um casulo, não sei como explicar melhor.

A fotografia chama-me, tanto sexualmente, como em toda a pureza que me resta e a forma como estes irlandeses, agora terminados, falaram aquando do Mammal no ritual funério de lamento devotado ao morto, oiça-se para isso a canção: When The Sun Drowns In The Ocean, casa-se como oiro sobre azul com esta glória dentada e ferida.

Não consigo esquecer a parte do cabelo por pentear: The woman’s hair would be un-brushed and let hang down over the corpse to symbolize the disarray of death.

E, por falar em funerais, ontem fui à missa de sétimo dia e nem sei bem porquê, ao visitar a campa não senti nada e, na capela, só senti calor e dor nos pés por ter ficado de pé com saltos de centímetros demasiados para a ocasião mas eu sou demasiada em demasia e demasiada mesmo às colheres, perguntai ao cavaleiro, não é Supremo, perguntai-lhe.

Dizer que já sabia que estes rasgões se iam mostrar a qualquer altura pela estrada, seria desnecessário, dizer-te que gostam de gatos mas depois não sabem lidar com eles, seria duplamente desnecessário também porque tu sabes e, subsequentemente, sei-o eu também.

E dizer-eu- sabe-me pela vida, porque convocar o eu, é convocar uma entidade com ninho próprio.

Eu não gosto de coleiras, nem correntes, eu gosto da moça enclausurada em si mesma como se estivesse na cerimónia da luz do Luciferismo ou da forma como o corpo da modelo do Ghanem se parece com um animal quando este lhe veste o corpete negro que mais parece uma gaiola mas é isso, assim; não me obstruas o caminho porque eu não reajo bem a ataques infantis de vontades autoritárias.

Nunca deixei de ser a opositora, a rapariga de camisola negra até às unhas de olhos pelo meio do cabelo, pronta a golpear tentativas néscias de aproximação.

Não, não vou sair da elegância dos saltos altos negros, não tenho medo, tenho apenas pena que, talvez, a partir daqui seja sempre a descer mas, como bem sabes, o meu nome é falling e tenho o novo álbum dos NIN para degustar.

 

publicado por Ligeia Noire às 09:09
música: "Hymne Til Havet" dos In Vain

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