“We are like roses that have never bothered to bloom when we should have bloomed and it is as if the sun has become disgusted with waiting”.

06
Dez 10

 

Não sei se estou a forçar-te a entrar no mundo ou se realmente isto não cabe dentro de mim.

Às vezes, quase que consigo imaginar-te, como se já estivesses quase pronto, como se já tivesse colado todos os bocadinhos necessários para me transcenderes.

Talvez já estejas pronto... mas se estivesses já me terias encontrado…

O que quer dizer que, ou vou ter de continuar a esperar ou tu nunca vais conseguir existir fora da minha cabeça.

É que preciso tanto de ter a minha boca entre os teus lábios de rosas…

Preciso tanto de adormecer no meio de tudo o que é teu.

Preciso de saber-me fechar os olhos contigo a velar-me.

Preciso de ser precisada por ti, preciso que existas, preciso que desças.

Preciso arrumar tudo e ir embora para esse Inverno onde vives e avermelhar-te o peito.

Preciso que me faças atravessar o rio, que te faças barca e me leves contigo.

Preciso que me dês chuva e sol e terra e raízes fundas.

Preciso que me inundes e me prendas a vontade.

Preciso de ti filho-da-lua.

Gotas grossas e translúcidas não cessam de pesar nestas pétalas escarninhas que me caem.

Talvez, jamais o Supremo te crie, talvez eu esteja demente.

publicado por Ligeia Noire às 01:16
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