“We are like roses that have never bothered to bloom when we should have bloomed and it is as if the sun has become disgusted with waiting”.

24
Jan 11


Um filme de Andrei Zvyagintsev


A Rússia fascina-me como uma floresta escura no Inverno.

O povo russo, a forma como eles crescem, como encaram a vida, como vêem o mundo, como usam o afecto.

A Rússia que não conheço cria-se na minha cabeça das pequenas coisas que viajam no tempo.

Os filmes.

As bailarinas que se assemelham a garças.

A ginástica artística.

Tchaikovsky.

Rachmaninoff.

O que aprendi na escola: Bolchevismo, o exército vermelho, a perestroika, Lenine, Estaline.

A dinastia Romanov.

O Império de Czares e Czarinas, a Yekaterina, S. Petersburgo, a Catedral de S. Basílio que parece saída de um quadro do Dali.

O Kremlin, os edifícios de cúpulas e torres altas, as janelas arqueadas, os palácios, as abóbadas, as escadarias.

A tundra, a floresta boreal.

A Sibéria, cristalizada, cortante.

As Bétulas, a neve gélida e virginal.

A vodca a sério.

Os Vikings, o Báltico, os montes Urais, o Volga, os cogumelos.

As letras, Lev Tolstoy, Dostoievski, os upires e os vurdalakas do Aleksey Tolstoy.

O domínio da Finlândia.

Os ushanka, lindos e negros.

Nunca conheci nenhum russo, nunca fui à Rússia, não sei de onde vem este fascínio intemporal, mas o filme é cortante e avassalador como a beleza arcana do país branco.

publicado por Ligeia Noire às 21:51
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