Respirar
Give me something for the pain
Give me something for the blues
Give me something for the pain
When I feel I'm dangling on a hang-man's noose
Give me something for the rain
Give me something I can use
Foi das piores semanas que tive e coisas muito feias haveria para dizer, muita saliva para cuspir muito fel para escoar de dentro mas há coisas que fazem milagres, não curam mas velam.
É o regaço de sempre, o vicio de sempre, a anestesia de sempre.
Veio devagarinho, deitou-se na minha cama e encostou o meu corpo chagado ao seu peito imenso.
Efeito
I dream of wolves
With them I run
For me she lengthened the night
I am home
I am in peace
Quente, o estômago acalmou, o redemoinho abandonou a cabeça e as minhas mãos deixaram o tom violáceo.
Mesmo com tudo a partir-se de todos os lados, mesmo sabendo que atingi níveis insuperáveis e irreparáveis, não estou desgarrada.
O velho círculo, onde cada um de nós deposita com cuidado as flores, flores que pingam, gotejam e crescem, indefinidamente, dos mistérios destas chagas que nos perseguem até se tornarem tão fundas que um dia não conseguiremos ser mais do que uma poça de sangue de onde todas elas sairão para desabrochar na perfeição e agudeza que nós nunca conseguimos atingir.
Longe, aqui.
Music is the strongest form of Magic
Foi assim que a musa me deixou, abrandada, como se me tivesse levado até aos dias em que bebia leite morno acabado de mungir pela minha mãe, da vaca preta e branca que tinha olhos grandes e da cor dos meus.
Foi isso que ela fez, esta musa sublime, abrandou-me e deitou-se junto das minhas pernas e braços abandonados e disse-me em tons universais que pairamos juntas pelos mesmos abismos, que o mundo é um sítio grande e cheio de pessoas e que, talvez, esta até seja a minha última viagem, o meu último casulo.
Está quase, contraria-me. Eu sei.
And when the day arrives
I'll become the sky
And i'll become the sea
And the sea will come to kiss me
For I am going Home
Nothing can stop me now
Ou então mesmo que seja somente pó e ao pó retorne, tenho as veias abastecidas, inchadas e suculentas da seiva desta musa sublime e, tão simples, que não quer, senão, que a ouçamos e a abracemos desnudos.
Redenção na queda
(…) it’s a cathartic experience for hopefully everybody.
You are going through universal pain together.
The pain of losing people around you, the pain of growing up and the pain of, as you grow up, learning that, actually, you don’t know anything.
The world becomes day by day a bit more complicated place and basically is good to know that you're not alone (…) and to be able to confront the negativity in the world in general with a smile on my face, more or less.
It’s tough and it’s hard and it’s hard for everybody but it’s crazy how a person lives a zillion miles away in a place called Helsinki sits on his bed, feels something and picks up a guitar and puts that feeling into the music...
A couple of words a couple of chords and through a long process gets that thing recorded and all of the sudden the music spreads all around and what happens is that it does exactly the same what it did for the perpetrator, so to speak, it’s a weird cycle (…) at times its painful and at times its rejuvenating, hopefully both at the same time.
Quotation of Ville Valo’s interview on The digital Versatile Doom
Portanto, lay me down on a bed of roses quando morrer e que os espinhos destas se sintam em casa.