“We are like roses that have never bothered to bloom when we should have bloomed and it is as if the sun has become disgusted with waiting”.

14
Out 11


Esse negro corcel, cujas passadas 

 

Escuto em sonhos, quando a sombra desce. 
E, passando a galope, me aparece 
Da noite nas fantásticas estradas. 

Donde vem ele? Que regiões sagradas 
E terríveis cruzou, que assim parece 
Tenebroso e sublime, e lhe estremece 
Não sei que horror nas crinas agitadas? 

Um cavaleiro de expressão potente, 
Formidável, mas plácido, no porte. 
Vestido de armadura reluzente, 

Cavalga a fera estranha sem temor. 
E o corcel negro diz: "Eu sou a morte!" 
Responde o cavaleiro: "Eu sou o Amor!" 

 

Antero de Quental, in Sonetos

   

Post ScriptumHoje declamaram-me o poema acima. Uma voz que veio das terras brancas. A noite fazia-se de veludo e estava meigamente escura. Tenho medo porque, mais uma vez, não me parece que tenha chegado a casa. E, também, porque nunca havia sido alvo de tal feito, nunca me havia sido declamado nada, minto já me leram Kafka mas bem, não era i um poema.

Tenho medo porque o risco deve ser praticado longe do conhecimento e em local ambíguo.

De onde veio ele e porque me encontrou, se eu não sou a casa pela qual ele anseia?

publicado por Ligeia Noire às 01:14
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