“We are like roses that have never bothered to bloom when we should have bloomed and it is as if the sun has become disgusted with waiting”.

13
Nov 11

 

I

 

Sabes o que sucedeu às filhas dos Homens que foram adentradas pelos Caídos?

Flor-selvagem, alcunha delicada que por mim te foi imposta, ah que infantil me saí.

Se pudesse esconder-me de ti, para não teres de te esconder de mim, fá-lo-ia de bom grado.

És mortal afinal, apenas e só um mortal que judia os céus mas que inveja as mãos quentes dos querubins.

Serviste apenas de inspiração, foi o que nunca te disse e que tu jamais foste capaz de perceber.

Serias completamente incapaz de me conter, não chegaste sequer perto do espelho onde miro os olhos.

Nunca cravaste as unhas nas conchas das minhas mãos e duraste o tempo que quis.

Se tive os olhos fechados, lê bem meu anjo, foi porque a anestesia se propalava nos capilares.

Seria tua serva, se tivesses o poder de me laçar os cabelos e silenciar os ruídos da minha filha negra.

Seria, pois, tua vítima meu amor, a teu bel-prazer.

Juro, que até conseguiste com que durasse um bocadinho.

Todo este tempo em que acreditei na possibilidade foi, como sempre, porque sua excelência estava suficientemente incógnita e distante para que eu pudesse criá-la à minha mercê.

Cheio de rendilhados e beijos labirínticos, gostei.

Mas a maçã vermelha caiu sem que a visse, e calquei a dita em cheio.

Tais foram os barulhos que a pobre derramava, que tive de baixar o rosto para com larvas guinchantes, de abdómens rompidos e de corpos agonizantes me confrontar.

A algibeira consultei e lá tive de macular o meu mais belo lenço branco, na árdua tarefa de limpar os sapatinhos.

Agora, que prossigo no caminho, reparo na proximidade da escadaria industrial e no alçapão que me levará ao nada, ao génesis.

 

II

In that house
there is no time for Compassion,
there is only time for Confession
and on his dying bed they asked him:

Do you confess? Do you confess?

And on his dying bed the dirty angels
flying over him like buzzards asked him,
Do you confess? Do you confess?

shshshshsh
It's so cold
It's so cold
shshshshs
It's so cold
It's so cold
Do you confess?
Do you confess?

Who are you?
Who are you?

Do you confess?
Do you confess?

Yes, I confess
Yes, I confess
When they laugh at the trial of the innocent
Yes, I confess
Let them laugh at the trial of the innocent
Swing swing
Let them laugh at the trial of the innocent
saying, "Here's the rope
and there's the ladder,"
Coming for to carry me home.
Yes, I confess

[tongues]

Yes, I confess
angels! angels!

[tongues]

Yes, I confess
Yes, I confess
Yes, I confess:

Give me sodomy or give me death!
 

 

 

lyrics by Diamanda Galás/Letra da autoria de Diamanda Galás


publicado por Ligeia Noire às 00:40

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