Obrigada pelo presente de natal antecipado, não poderia estar mais feliz.
Acho que fiquei horas de boca escancarada, sentada na cama, a olhar para a saliva que me caía nas mãos misturada com lágrimas quentes.
Agora tenho a certeza que devo ter sido uma grandessíssima filha da puta na encarnação anterior.
E eu que pensei que tu gostavas de mim.
Onde raios andava com a cabeça?
Acho que a minha suposição de há dias estava certa, prescrevi há muito tempo.
Então levasses-me, foda-se!
Cobarde!
Primeiro a perfeição do olho esquerdo, que nublaste com teias de aranha, agora o meu suposto futuro.
Odeio-te!
Toma o peito aberto.
Força, não tenho medo, tira tudo, acaba com tudo.
Já não sei quem és.
Queres que diga que não existes?
Pois, se calhar não.