You hold the answers deep within your own mind.
Consciously, you've forgotten it.
That's the way the human mind works.
Whenever something is too unpleasant, too shameful for us to entertain, we reject it.
We erase it from our memories but, the imprint... is always there.
Isto vai passar, não vai?
Está só a demorar um bocadinho, é não é?
Uns dez anos talvez ou mais... ou mais.
Há bocado, estava a pensar no quão trocista é a vida, estava sentada na cama e bastava inclinar a cabeça para poder ver o belo fogo-de-artifício que iluminava a escuridão, às vezes, de violeta, outras, de vermelho e azul e verde e branco.
Há muitos anos, era eu... e, no Verão, trazíamos uma manta estendíamo-la na eira ou no campo do milho, à espera para ver os fogos-de-artifício lá longe.
Acho que era feliz, acho que éramos felizes, ali, assim, sem saber que existia um mundo para lá do castanheiro grande…
A inocência termina quando se descobre a morte.
Estou triste.
Tenho medo de que não passe, tenho medo.
Não há sentido neste mundo frio e triste e órfão em que me enterraste.
Algo correu mal, algo ficou por apagar, não sei explicar mas houve algum buraco de que te esqueceste de coser.