Deveria estar a dormir, não queremos que a rapariga russa nos veja o sono, pois não?
Estava aqui à procura da lua mas não lhe encontrei, sequer, uma nesga…
Há bocado, por momentos, achei ter visto o rapaz ruivamente belo, seria uma bela despedida, uma bela imagem para guardar no coração mas era apenas um anónimo a conversar com outros anónimos.
Nem ele nem o Cavaleiro-das-Terras-Brancas.
Foram-se todos e, espero, não os encontrar jamais, não quero.
Terei noites mansinhas para os decorar nos sonhos que, perpetuá-los assim de perfeição, é apanágio meu.
Houve e há larvas nojentas, bifurcadas, que proliferam pelas pisaduras que infligem, apenas me fizeram reparar que para encontrar o paraíso preciso de as esmagar a todas.
Afinal nada podeis, nada, vácuo, vazio, nada sois.
Continuai, rastejai mas prossegui imaginando que por cima da comum mortalidade esvoaçais, pois no dia do juízo final, beberei à vossa nudez impossível de encovar.
Não me esqueci das luas cheias e das mais escalifraditas e rebuçados e abraços de rosas e beijos de lírios e amanhecerá depressa preciso de acelerar o passo.
Vejo o barqueiro, de tricórnio mais negro do que a noite, parado.
Traz alguém na barca, espero conseguir saltar desta vez.
É tempo de calçar os sapatos e colocar o capuz, o dia amanhecerá num instante.