Vira-se ela para moi-même: sabes que gosto muito de ti, não quero que fiques magoada comigo.
Ó Deus, deixai que pronuncie o vosso nome em vão, deixai que ele se enrole um pouco nesta língua acabada de escovar…
Se eu fico fodida por namorares com um gajo por quem tive uma obsessão platónica nos meus verdes, irreais dezassete anos?
Ora vai ali tocar-te fundamente.
É mais um choradinho e respira-se logo melhor, como dizia o Goldmundo, somos o Louis e queríamos ser o Lestat…
Estou a reler as crónicas dos vampiros, desta feita, direitinhas e na língua original.
A minha vida está a chegar, de pés bem arrastados, àquele espaço beiral, àquele tira-teimas do saltas ou saltas…
Ia falar das lágrimas pascais, das partidas, dos lírios roxos que andei a colher para a mesa da sala e que envolvi com ramos de oliveira, da esperança que morre depois mas não sei, perco-me toda.
Tenho essencialmente medo do tempo que demora tudo.