“We are like roses that have never bothered to bloom when we should have bloomed and it is as if the sun has become disgusted with waiting”.

19
Jan 12


Gosto muito mas mesmo muito.

Já tocou centenas de vezes, gosto muito do título, gosto muito de que ela respire sozinha e se vá descobrindo a cada par de ouvidos.

É isso que a música deve ser, não é?

Nossa.

Acho que os senhores que fizeram esta melodia, não quiseram saber do conteúdo do filme, ela vive bem sem ele, ou melhor, ela enegrece-o tanto que mal se vê o que vai sucedendo lá ao fundo.

Hand covers bruise ou a mão que encobre o ferimento.

A primeira vez que ouvi nem reparei no título mas, agora, não sei o que é mais engenhoso.

A mão que é pequenina, a mão que esconde, tapa, encobre.

O ferimento que, aqui, não é um ferimento onírico, é mesmo pisadura, carne macerada, nódoa negra, hematoma roxo, doente.

O quão alagados ficamos durante o processo do: come, engole, rumina, aguenta, cospe, vomita.

Esconder o todo com o nada.

Hás-de ter sangue coagulado e hás-de ter sangue líquido.

publicado por Ligeia Noire às 16:48

27
Dez 11


Leif Erikson


She says it helps with the lights out

Her rabid glow is like Braille to the night.
She swears I'm a slave to the details
But if your life is such a big joke, why should I care?

The clock is set for nine but you know you're going to make it eight.
So that you two can take some time, teach each other to reciprocate.

She feels that my sentimental side should be held with kids gloves
But she doesn't know that I left my urge in the icebox
She swears I'm just prey for the female,
Well then hook me up and throw me baby, cakes, 'cause I like to get hooked.

The clock is set for nine but you know you're going to make it eight.
All the people that you've loved they're all bound to leave some keepsakes.
I've been swinging all the time, think it's time to learn your way.
I picture you and me together in the jungle it will be ok.

I'll bring you when my lifeboat sails through the night
That is supposing that you don't sleep tonight

It's like learning a new language
As we catch up on my mind.
If you don't bring up those lonely parts
This could be a good time


It's like learning a new language
You come here to me.
We'll collect those lonely parts and set them down
You come here to me...

She says brief things, her love's a pony
My love's subliminal

 

 

Lyrics by Interpol/Letra dos Interpol

 

publicado por Ligeia Noire às 02:06
etiquetas:

19
Out 09
 

Não me coseste bem.

Doem-me os pontos.

A carne ainda está fresca.

Quero uma solução primordial.

Todos eles foram pequenos, com mãos pequeninas.

Todos eles já foram puros.

Talvez os tenhas cosido melhor do que a mim...

Talvez a carne deles tenha enrijecido mais depressa.

Sinto-me como o Last days do Gus Van Sant.

Não gosto propriamente de Nirvana mas o filme atravessa-me, assusta-me, e repete-se.

Cada vez que a personagem sugada, drenada, maltrapilha descia a encosta, a correr desajeitadamente, e se

embrenhava no bosque… caindo, as costas arqueadas os olhos e o chão...

E fugia

E fugia

Fugia…

Aquelas personagens… invólucros.

Velvet underground soava, e a outra personagem embalava o corpo e acordava a alma:


I am tired, I am weary

I could sleep for a thousand years

A thousand dreams that would awake me

Different colors made of tears


E também se foi embora.

Lá fora, ouvia-se o bosque que prosseguia de verde líquido vestido.

E, o homem de olhos escondidos, havia-se esquecido de tudo.

Dele.

Dos outros.

Da realidade.

Quando se sentou sozinho.

As mãos que dedilhavam a última vontade de querer.

A voz e os acordes.

O cabelo misturado.

O último suspiro de realidade.

Preso.

Liberto pela música.

Não havia horas, divisão de dias, supostas pessoas.

E cantava:

It's a long lonely journey from death to birth

it's a long lonely journey from death to birth

it's a long lonely journey from death to birth

it's a long lonely journey from death to... birth

 

Ficámos assim?

É assim que ficámos quando nos esvaziam?

Em monólogos?

Em passos irreflectidos?

Em vontade de querer afundar e afundar até não sermos avistados...?

Cada um que sabe… adormece à sua maneira.

Eu sei que é um longo percurso.

Eu sei que arde tudo e nada fica…

publicado por Ligeia Noire às 23:37
etiquetas: ,

mais sobre mim
Agosto 2015
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1

2
3
4
5
6
7
8

9
10
11
12
13
14
15

16
17
18
19
21
22

23
24
25
26
27
28
29

30
31


Fotos
pesquisar
 
arquivos
subscrever feeds