“We are like roses that have never bothered to bloom when we should have bloomed and it is as if the sun has become disgusted with waiting”.

27
Dez 13

 

Novembro e meio

 

Olá,

Como tens andado?

Tens-me visto daí? Rido… pois com certeza, advertido, suponho mas já não equaciono o porvir, deixo que a água escorra pelos pingentes de gelo que me servem de gelados como ele diz que as pessoas fazem por lá.

Toca a Dying Song, surpreende-me a melodia açucarada e catchy de que se permeia, enquanto ele vai rasgando com palavras de poetas e de nevoeiro toda aquela toada de guitarras, teclas e batidas controladas.

Vou recordando este Screamworks: Love in Theory and Practise porque no outro dia ele me falou da genialidade de pormenores e melodias que eu, na minha tacanhez, não quis admitir, reconhecer, apreciar e que lhe iam alegrando os ouvidos no metro.

A minha vida está um novelo, uma confusão, um labirinto que não se pode sobrevoar…  o que me remete para o curioso ditado do tem cuidado com o que desejas porque já o Manson dizia when all of your wishes are granted all of your dreams will be destroyed…

E não explicarei porque, mesmo sendo eu, esta rapariga sem caminho, sem futuro, sem cheta, sem porra nenhuma, tenho um gato laranja e um cavaleiro branco apaixonados por mim, de formas diferentes, de estórias e enredos díspares mas saídos do nada e caídos como Nefilins.

Aquele a quem pertenço ofereceu-me um disco dos Pink Floyd , dois discos dos Supertramp e um livro de poesias do Edgar Allan Poe de capa vermelho-sangue.

O meu coração carameliza com livros de capa vermelha, ainda por cima pequenos….

E o laranja, o gato laranjinha compôs-me o que te revelo a seguir:

 

I have a precious jewel

I keep it in my pocket

And it goes everywhere with me.
When the moon is out at night,

Its rays shine on it and
the stone talks to me 

saying sweet starry things.
When the sun is out
and the clouds are rolling

They reflect on the stone and it

Shines for me 
speaking loudly.

when the rain falls the drops

form on the stone and

tell sad stories but

always my precious jewel is

on my mind and

nearby.

she is so rare and

her name is…

 

Autoria de C.S.

 

O seu nome é, o seu nome é….

 

Dezembro e fecho

 

E é nesta profusão de novidades e de coisas que se irão equacionar no Verão quando o sol raiar porque ela estará com os caixões à espera, os dois refulgindo de negro azeviche ao sol.

E não é que volto pela ducentésima vez à estória da minha Ligeia, volto a deixar que o vento uive sem que me encontre atormentada e que a chuva caia sem se me molharem os olhos porque me doem as costas e as pernas por dias de trabalho escravo, deixo que o meu corpo descanse e deixo que todas as minhas vontades sensuais se desenrolem e acreditem e venerem apenas esta mulher, esta deidade.

Ligeia, Ligeia, é de sons conjuratórios que o vosso nome é feito.

Meu Deus como vos amo, como vos adoro e reverencio.

 

publicado por Ligeia Noire às 15:39
música: "When the sun hits" dos Slowdive
etiquetas: , ,

12
Jul 10


Aos raios de luz branca,

a noite tomou-te o medo.

Eras feita de muitas vidas.

Eras dia por amanhecer.


Serena quietude de quem tem olhos opacos.

Rosários de Laços que desprendeste do mundo.


Dama da noite eterna jamais vencida.

Dos passos de vidro e da segurança de diamante.

Vestias-te de ti e baloiçavas...

Vivias uma não-vida só tua.

 

Sabias coisas do outro lado.

Criavas raízes eternas nos cadáveres vazios.

publicado por Ligeia Noire às 14:04
etiquetas:

25
Jun 10


Lo! 'tis a gala night

Within the lonesome latter years!
An angel throng, bewinged, bedight
In veils, and drowned in tears,
Sit in a theatre, to see
A play of hopes and fears,
While the orchestra breathes fitfully
The music of the spheres.

 

Mimes, in the form of God on high,

Mutter and mumble low,
And hither and thither fly
Mere puppets they, who come and go
At bidding of vast formless things
That shift the scenery to and fro,
Flapping from out their Condor wings
Invisible Woe!

 

That motley drama–oh, be sure
It shall not be forgot!
With its Phantom chased for evermore,
By a crowd that seize it not,
Through a circle that ever returneth in
To the self-same spot,
And much of Madness, and more of Sin,
And Horror the soul of the plot.

 

But see, amid the mimic rout

A crawling shape intrude!
A blood-red thing that writhes from out
The scenic solitude!
It writhes!–it writhes!–with mortal pangs
The mimes become its food,
And seraphs sob at vermin fangs
In human gore imbued.

 

Out! Out are the lights! Out all!

And, over each quivering form,
The curtain, a funeral pall,
Comes down with the rush of a storm,
While the angels, all pallid and wan,
Uprising, unveiling, affirm
That the play is the tragedy, «Man»
And its hero the Conqueror Worm.

 

In Ligeia de Edgar Allan Poe


publicado por Ligeia Noire às 12:11

mais sobre mim
Agosto 2015
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1

2
3
4
5
6
7
8

9
10
11
12
13
14
15

16
17
18
19
21
22

23
24
25
26
27
28
29

30
31


Fotos
pesquisar
 
arquivos
subscrever feeds