“We are like roses that have never bothered to bloom when we should have bloomed and it is as if the sun has become disgusted with waiting”.

02
Abr 13

 

Vira-se ela para moi-même: sabes que gosto muito de ti, não quero que fiques magoada comigo.

Ó Deus, deixai que pronuncie o vosso nome em vão, deixai que ele se enrole um pouco nesta língua acabada de escovar…

Se eu fico fodida por namorares com um gajo por quem tive uma obsessão platónica nos meus verdes, irreais dezassete anos?

Ora vai ali tocar-te fundamente.

É mais um choradinho e respira-se logo melhor, como dizia o Goldmundo, somos o Louis e queríamos ser o Lestat…

Estou a reler as crónicas dos vampiros, desta feita, direitinhas e na língua original.

A minha vida está a chegar, de pés bem arrastados, àquele espaço beiral, àquele tira-teimas do saltas ou saltas…

Ia falar das lágrimas pascais, das partidas, dos lírios roxos que andei a colher para a mesa da sala e que envolvi com ramos de oliveira, da esperança que morre depois mas não sei, perco-me toda.

Tenho essencialmente medo do tempo que demora tudo.

publicado por Ligeia Noire às 22:20
música: "Cleansing" dos Wolves In The Throne Room
etiquetas: ,

26
Fev 13

 

Um dia falo só deles mas não hoje, estes cavalheiros misturam-se com muito do meu miolo, são do âmago, os primeiros, os que trouxeram a minha primeira amizade a sério, os que fizeram com que ponderasse a minha nuca marcada numa mistura do princípio do mal no ventre do bem.

Cresci com eles, apoiei-me neles, dancei ao som deles, pronto sabes como é, os músicos de base, os que vêm do jardim do Éden passam sempre para o lado de cá e fazem parte das memórias, dizer que são mais do que música é néscio porque música é mais do que tudo.

A primeira vez que bebi a sério, foi sozinha e aos dezoito anos, até aí nunca me apeteceu e, apesar das comuns incursões no vinho tinto aquando da minha meninice, fruto da tradição, não prosperou.

Lembro-me dessa primeira vez aos dezoito anos, lembro-me de estar a arrumar a sala e me sentir do lado de lá, foi com vinho do porto, esse esteve sempre ligado às minhas mais estouvadas memórias.

Continuo a não gostar de beber, um copo de vodca não me sabe tão bem quanto um copo de água, uma cerveja não é tão boa quanto uma malga de cevada mas, como explicar, há qualquer coisa de bom e de enfeitiçador no travo amargo e forte e violento e arrebatado do álcool que nos faz repetir o gole e, claro, há o efeito, eu não bebo por prazer, não bebo diariamente, nem semanalmente mas quando bebo, presto homenagem a Baco de joelhos.

Não sei porque estou a falar nisto, se calhar é por estar a ouvi-los, se calhar é porque não consigo dormir, se calhar é porque estou com medo de que esta coragem toda passe, se calhar é porque a vida é uma merda, mas isso já o mais tenro petiz atingiu.

Escreveu-me, não me disse que o tinha feito, aquela letra cursiva, elegante, que custa a ler mas que vale a pena como uma boa bebedeira.

Não falou de mim, nem de nada, falou de montes e florestas no Inverno, da nevasca, de lobos, de Nova Inglaterra e dum escritor que não recordo, tenho medo, agora, mas ao lê-lo, sem a cabeça desperta, sorria e sentia a sacarina a encher-me as veias, ah sim, os pinheiros mansos, muito altos também lá estavam.

O cheiro, eia pois... o cheiro do papel não era o cheiro comum de folhas de papel brancas, era o cheiro dele, ainda estava por aqui algures nalguma sinapse e levei a carta ao nariz várias vezes e lembrei-me daquela vez em que estava no autocarro e senti o perfume da flor-selvagem, fiquei aturdida porque era como se ele tivesse acabado de entrar.

O efeito foi alucinatório e assustador porque o aroma perpassava pelas minhas narinas e era mais acutilante do que o que a reacção de qualquer outro sentido fosse capaz de causar, assustei-me.

O olfacto sempre foi o meu sentido mais apurado, não uso perfume, acho que o cheiro do sabão, do champô, do amaciador já são suficientes e apaixono-me com os olhos fechados por malmequeres bravos brancos e minúsculos, aquelas folhas verdes deles que parecem funcho em miniatura, tenho medo de não conseguir suster esta força de vontade por muito tempo.

São tão diferentes, eles, o cavaleiro e o anti-herói.

A amiga que não cabe aqui, a das linhas acima, disse para abrir a mente, anestesiar a dor de pensar, não sepultar o por acontecer com o meu conhecimento milimétrico de mim mesma.

A carta está ali na gaveta junto das outras, eu gosto dele e ele ama uma de mim.

Lágrimas em cassete, gravadas, que belo título hã?

Sou demasiado compassiva para alterar o curso do rio, compaixão é do que sou feita, mas isso são contas de outro rosário.

 

publicado por Ligeia Noire às 00:30
etiquetas: , ,

10
Set 11


Poderia iniciar o devaneio dizendo que detesto Setembro mas, na realidade, detesto é ter de acordar.

Hoje apercebi-me de que poderia brincar se quisesse.

Hoje apercebi-me de que talvez tenha cometido o erro de não aprender a nadar, de não querer nadar, de preferir o firme ao movediço.

Ainda tenho a garganta com o sabor do rosé e o cabelo com o perfume violento do tabaco.

O coração ficou aconchegado naquela mesa com aquelas pessoas que desconhecia e que não faziam perguntas, o coração tinha sabor a noite desmaiada.

Foi bom saber que poderia brincar.

Eu, que me julgo a maior das cativas, sempre tive o mundo escancarado.

Acho que é uma derrota saber disso agora, acho que é uma derrota saber que sabia.

Saber, sabia, sei, saberei, acordei, vou, estou… foda-se!

Porque o que sempre importou foi escapar, dormir.

Manter tudo a uma distância segura ou então criar à minha feição, tornar intangível e incerto… fazer-me boneca e brincar e abrir o leque e fechar os olhos e dançar e sorrir e depois cansar-me.

O mundo escancarado que a filha negra me esconde.

Mas teve de se estagnar por ali, não eram os olhos daquele que me davam prazer mas a dança do que não se pode tocar, a liberdade, o mundo escancarado ali, à minha mercê, como sempre esteve.

E, nesta noite pequena, bonita, com cheiro a lenha cortada à lâmina, a cortina funérea caiu-me de súbito no coração…

serei engolida por mim.

É isso.

E dentro daqueles risos e ambiente pesado e olhares fortuitos estava tudo contido: o que desconhecia, aqueles com quem nunca me apaziguei, aqueles que me apertavam laços que eu desatava quando chegava a casa.

Nunca conseguirei andar a quatro pés.

Estavam todos nos olhos dele.

Foi tudo tão simples, como se tempo nenhum se tivesse passado, como se voltasse a ser imponderada.

Eu sei que é o medo que me ronda as pálpebras e não as deixa fechar.

Não quero, sabes, não quero mesmo.

Sei, somente, que estou bem com a queda.

publicado por Ligeia Noire às 03:04
etiquetas: , ,

21
Jun 11

 

Tive de parar o filme, várias vezes, para respirar.

Medo puro, duro, real e numa esquina, casa, mundo perto de nós.

Sufocante, a noite.

A noite, quando temos medo, dura tempo incontado.

A casa grande na floresta, num país que ainda permanece tão recôndito quanto nos tempos do Drácula.

O telefone toca e… como descrever… são uma matilha, não têm leis, nem a moral que os idiotas das escolinhas acham que existe lá fora, às vezes, pergunto-me se vivemos no mesmo mundo...

Gosto muito de cinema de terror, gosto muito desta vaga de cinema extremo mas, a diferença, é que quando a ameaça é sabida como real, quando sucedeu, quando a vemos nas notícias a espancar velhos ou transexuais, ou a matar casais, o caso muda de figura.

Nunca apreciei bandos, tenho pavor de me cruzar com eles.

A diferença é que este mundo não tem veludos, nem anjos, nem risos, os problemas não são feitos de desamores e futuro, e diplomas e livros e sofrimentos de rendas e eyeliner, este sítio tem sangue, tem fome, tem cães humanos cheios de seiva.

Numa entrevista, que vi hoje, dos anos noventa, a Diamanda dizia trazer sempre com ela um revólver.

Uma vez que, não acreditava que se podia descer uma rua em Nova Iorque, incólume.

A menos que se parecesse invisível ou que não se saísse da norma porque há sempre algo que pode despoletar uma investida.

É por isso que, às vezes, rio sozinha quando me sento a uma mesa de quatro pernas a ouvir coisas dos livros, com gente à minha volta, parece-me tudo tão caricato.

É como se o mundo estivesse hipotérmico e nós saíssemos à rua de lingerie.

Tenho medo, claro que tenho medo, escrevo aqui muitas coisas mas aquelas que realmente me assustam, nem sequer tenho a audácia de lhes pôr letras.

E na cabeça funciona o: "não penses nisso, não penses nisso".

Não sei lidar com o medo, o medo assusta-me, o medo…

Vou contar uma história que me aconteceu há vários anos.

Na minha aldeia, quando eu era mais pequena, era costume mungir as vacas e levar o leite a uma leitaria.

Dava uns trocos e as vacas são muito bonitas.

As minhas eram turinas, o que eleva ainda mais a cena.

Às vezes, era eu que pegava na cântara às costas e levava o leite com a minha prima até ao destino, o qual não ficava nada perto, mas era fixe.

No Inverno, como escurecia muito cedo, tentávamos andar mais depressa mas a noite encontrava-nos sempre.

Um dia, quando vínhamos a descer o caminho já perto de casa, uma sombra moveu-se por trás de nos e falou qualquer coisa que agora não me lembro.

Congelei da cabeça aos pés e o coração esganou-se, senti tanto medo que não conseguia respirar e pareceu tempo infindável mas foram apenas segundos até me aperceber que a minha prima estava a cumprimentar a dita figura e que, na verdade, era um vizinho que voltava para casa depois de ter estado a roçar mato para as cortes.

O alívio foi tão mas tão grande que senti uma felicidade pura como nunca julguei ser possível.

Não sei se foi a primeira vez que senti medo mas sei que ficou gravado num neurónio qualquer.

No entanto, a noite, para mim, é como heroína, temo-a e amo-a, é mãe de todos e não excomunga ninguém.

E mesmo sendo uma temente do medo, não sou refém dele, aliás, uma das coisas que mais gosto é de me sentar à lareira a ouvir histórias, lendas, folclore ou seja lá o que for que os mais velhos têm para contar.

É delicioso.

Há uma história que o meu pai volta e meia conta e que me assusta sempre.

O meu pai sempre trabalhou longe e a maior parte das vezes vem à noite com o saco às costas.

Mais uma vez, a noite foi mãe e o Inverno pai.

E, não de propósito, moramos no monte, bosque, mato, floresta, com meia dúzia de casas, agora, a maior parte desabitadas.

Vinha ele de regresso do trabalho, era fim-de-semana, e no caminho vê ao fundo um vulto e, conforme o Jonathan Harker se refere às noivas como sendo senhoras pelos trajes que envergavam, ele pensou ser um homem pelo alto chapéu, casaco comprido e postura.

Como o meu pai é o meu oposto, destemido, nada de estranho lhe ocorreu e ao passar pelo dito saudou-o com um "boa noite" mas não ouviu resposta e nunca lhe chegou a ver o rosto, seguiu o caminho.

Quando chegou a um carreiro mais abaixo, olhou para o local e, o "homem", estava estacado no mesmo sítio.

Nada mais sucedeu.

Na minha terra, há uma superstição em relação a saudações, diz-se que, à noite, nunca se deve saudar ninguém a menos que se conheça.

O meu pai não vai nisso mas, até hoje, lhe ficou na memória o estranho vulto sem rosto que o olhava do alto do seu chapéu negro e casaco comprido.

Há muitas preciosidades destas que guardo no bolso.

E, embora este filme nada tenha que ver com o sobrenatural, que aprecio, invoca o medo, o medo da realidade, o medo do que sabemos que acontece e que tem pernas e mãos.

Sufoca, sufoca e sufoca.

E que barulho era aquele?

Que brinquedo era aquele?

E aqueles chamamentos animalescos e aquele autocarro que parou e que prosseguiu como prossegue a voz que ouço quando me sento na mesa de quatro pernas, a árvore que morre na floresta.

Ainda ontem me diziam que o pandemónio está aqui e agora.

E que, quando se começarem a deglutir uns aos outros, a diferença estará naqueles que tiverem dinheiro para construir muros altos ou então um frasquinho de salvação em direcção à luz.


publicado por Ligeia Noire às 23:51
etiquetas: , , ,

28
Abr 11

 

E os olhos, os meus olhos, o que mais me inquieta são eles... sempre foram eles porque sei que têm pessoas dentro, uma, duas, não sei...

 

Não perdeste tempo.

Tomaste-me a espada e foram eles, foram os olhos que me castigaste.

É essa a tua retaliação? Golpe baixo.

Não sei se cobres os pés mas, se eu estivesse neles, teria sido humana e teria optado pela alforria mas tu preferes ir mais longe, tu preferes que eu me enterre e saboreie o lodo.

Queres que te mate em mim também?

Não gostas de estar vivo é?

Consideras o teu estado vida?

Para onde foi a tua compaixão?

O que é que resta? Ah já sei... mas até isso estás a foder...

Quando cheguei a casa não havia força nos braços para levantar as coisas do chão, as enzimas corroíam o estômago mas o mostrengo apertava-me as costelas... pensei em anestesiar-me mas tenho todos os músculos a fermentar.

Não digas que sou eu que me desfaço, me destruo e me como, não ouses dizer que a culpa me cai nas mãos porque estou em ebulição.

Porventura, riste-te ao ver-me a atitude ante o prenúncio de desgraça mas não tive forças, senão, para me apagar e adormecer com olhos de ribeira.

Nunca em mim, o desejo de estar a sonhar foi tão pesado e ansiado

És mestre na arte de atingir as carnes mais frágeis, os instrumentos mais sagrados.

Contra tudo o que me naufraga nada posso fazer, sou o eterno tecido infectado, a dádiva muito querida que desgasta mais os bolsos que os sorrisos. 

Prefiro não saber o que fariam os possuidores se pudessem volver no tempo.

Não me faças isto…

Sabes que não tenho espírito de mártir e rasgaria o cenário de uma golfada.

Não tenho medo de o fazer.

Podes condenar-me a outro receptáculo mas a vitória não te sairá incólume e não precisas dizer que não é a vitoria que procuras.

Se querias carregar-me de tão pesadas pedras, espessasses-me os ossos.

Ainda espero acordar e ver-me limpa.

À cabeça apenas acorreram violadores de pele e aos olhos as doses de sal do costume, não te ameaço, é a forma de me colar para prosseguir a tua história.

Quando o corpo nos falha, que interessa a alma?

Que interessam as palavras?

Que interessam as obrigações e as pessoas?

E perguntas-te então porque escrevo… porque és a única criatura que me pode ajudar.

Satisfeito?

Achas que estou com medo?

Não é medo, é terror.


publicado por Ligeia Noire às 23:55

18
Ago 10


A chuva de dentro demora tempo que não sei contar.

E espero muito tempo, tempo incontado.

Esta chuva é mais forte do que os passos e o corte reabre-se nas costas, dele saindo o sangue podre de dias afogados.

A chuva das coisas pesadas, o tempo incontado que demoro a estancar os olhos.

Dormi no lamaçal, fiz do tempo, incontado.

O meu corpo é manta de pedaços.

A minha alma é pasto de larvas gordas e amarelas.

publicado por Ligeia Noire às 17:24
etiquetas:

10
Mar 10


Já alguma vez sentiste que tudo o que estavas a experienciar era tão avassalador que as palavras não te chegavam?

Pois, é isso que eu sinto.

Para além de me esquecer de como escrever.

Hoje foi mais um daqueles dias em que me sentia demasiado violácea para sair à rua.

Aquela vontade de chorar tresloucadamente sempre presente.

Hoje dormi razoavelmente mas acordei como se nem tivesse descansado uma mísera hora!

Desde que entrei naquela sala que tenho vontade de desistir... e como é preciso coragem... mas ao invés de o fazer (assim como em tudo na minha vida) vou me deixando levar.

Se é correcto?

Não, mas não há outro caminho... eu sei que tu sabes de outro caminho, eu sei que tu sabes o quão forte tem sido o fogo que me consome... mas tu nunca chegas.

Por mais que cerre os olhos até doer, tu nunca estás lá e eu tenho de continuar.

Quem era eu há um ano?

Quem sou eu hoje?

Queres mesmo saber Supremo?

Nos dias de carvão negro sinto que já deveria ter prescrito da tua receita.

A vergonha e a pena são tão pesadas nesses dias que sinto a caixa torácica a apertar-se, literalmente.

Até chorar me assusta, da última vez, parecia que ia desmaiando, não achas que eu tenho direito a fazê-lo?

Às vezes saio de mim e olho-me devagar, e sinto tanto desgosto...

Com os olhos sempre vazados, sempre à espera do que não pode ser esperado.

Cravas-me a espada nas costas e abres-me brasas nos pés e mesmo assim dizes, com as tuas palavras, que eu tenho a liberdade de escolher?

Das pessoas já eu me retirei há muito tempo.

Sim, tenho de lhes falar às vezes mas eu sou mais que uma... do amor?

O amor é coisa que desconheço.

Tu sabes do que falo, falo da fome que tenho de mim, da desilusão que foi este caminho.

Como se nunca o tivesse calcado.

Não, não sei que direcção seguir mas agora não faz qualquer diferença.

Como se tivesse passado fome por tanto tempo que nenhuma comida do Mundo me satisfaria.

Lembro-me de ter sete anos e estar encostada ao pátio da escola e lembro-me.

Lembro-me de ter sete anos e ser noite, o quarto do hospital era demasiado branco e anti-séptico.

A minha mãe teve de deixar-me e eu lembro-me de sentir pela primeira vez solidão.

Ou talvez não, talvez a tivesse sentido antes... não me lembro.

Só me lembro de sentir contentamento em casa, assim como da primeira vez que chorei de olhar vago e prostrado na janela.

Lembro-me da tristeza, do céu estrelado de cetim e do cheiro a álcool etílico do quarto.

Engraçado, acho que nunca tinha colocado letras nestas sensações.

E, hoje, olho para trás e vejo-me da mesma forma: pequena e incompleta.

O quarto continua a ser branco.

A solidão ficou.

Continua a busca pela chave, pela resposta.

Quando me encontrar contigo espero que seja a primeira coisa a ver nos teus olhos.

Tens olhos?

 

publicado por Ligeia Noire às 19:34
etiquetas: ,

09
Mar 07

 Foi uma bela oportunidade apenas vinha envenenada...

Quando algo de bom acontece, parece que temos de pagar por isso e o retorno é pior e pela perspectiva problemática da coisa.

Foi como que uma brecha na escuridão consentida.

Como que uma solução momentânea.

Talvez haja quem diga "momentânea porque queres"...

Não consigo e tenho medo.

 

publicado por Ligeia Noire às 16:00
etiquetas:

mais sobre mim
Agosto 2015
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1

2
3
4
5
6
7
8

9
10
11
12
13
14
15

16
17
18
19
21
22

23
24
25
26
27
28
29

30
31


Fotos
pesquisar
 
arquivos
subscrever feeds