“We are like roses that have never bothered to bloom when we should have bloomed and it is as if the sun has become disgusted with waiting”.

24
Jun 12


You hold the answers deep within your own mind.

Consciously, you've forgotten it.

That's the way the human mind works.

Whenever something is too unpleasant, too shameful for us to entertain, we reject it.

We erase it from our memories but, the imprint... is always there.

 

Isto vai passar, não vai?

Está só a demorar um bocadinho, é não é?

Uns dez anos talvez ou mais... ou mais.

Há bocado, estava a pensar no quão trocista é a vida, estava sentada na cama e bastava inclinar a cabeça para poder ver o belo fogo-de-artifício que iluminava a escuridão, às vezes, de violeta, outras, de vermelho e azul e verde e branco.

Há muitos anos, era eu... e, no Verão, trazíamos uma manta estendíamo-la na eira ou no campo do milho, à espera para ver os fogos-de-artifício lá longe.

Acho que era feliz, acho que éramos felizes, ali, assim, sem saber que existia um mundo para lá do castanheiro grande…

A inocência termina quando se descobre a morte.

Estou triste.

Tenho medo de que não passe, tenho medo.

Não há sentido neste mundo frio e triste e órfão em que me enterraste.

Algo correu mal, algo ficou por apagar, não sei explicar mas houve algum buraco de que te esqueceste de coser.

publicado por Ligeia Noire às 02:32
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21
Abr 12


I collect the light from the stars

When I close my crippled fingers
And when I draft my emaciated back
Confined in my gazebo of crystal,
It only shines for you

Come by, my father, look
Come and see my fall
For I collected all the light

Come by, my father, look
Come and see my fall
For I collected all the light

I tear of my skin and bow to thee humbly
Take my tongue, so you can always hear my worries
Take my ears, so I can hear your solace

 

Lyrics by Lantlôs/Letra de Lantlôs

publicado por Ligeia Noire às 00:28
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20
Dez 11


Desculpa.


publicado por Ligeia Noire às 21:11
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19
Dez 11


Obrigada pelo presente de natal antecipado, não poderia estar mais feliz.

Acho que fiquei horas de boca escancarada, sentada na cama, a olhar para a saliva que me caía nas mãos misturada com lágrimas quentes.

Agora tenho a certeza que devo ter sido uma grandessíssima filha da puta na encarnação anterior.

E eu que pensei que tu gostavas de mim.

Onde raios andava com a cabeça?

Acho que a minha suposição de há dias estava certa, prescrevi há muito tempo.

Então levasses-me, foda-se!

Cobarde!

Primeiro a perfeição do olho esquerdo, que nublaste com teias de aranha, agora o meu suposto futuro.

Odeio-te!

Toma o peito aberto.

Força, não tenho medo, tira tudo, acaba com tudo.

Já não sei quem és.

Queres que diga que não existes?

Pois, se calhar não.

publicado por Ligeia Noire às 21:35
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14
Dez 11


Há coisas, claro que há coisas.

Tenho de alterar o pódio das minhas etiquetas.

O melhor pedaço para a construção do meu Frankenstein, desapareceu no nevoeiro nocturno.

De quando em vez, deparo-me com um noviço, ruivamente belo, mas falta-lhe a fundura dos olhos.

Segunda-feira, manhã de nevoeiro em que me apercebi de que não deveria estar aqui.

Eriçou-se-me o pêlo como a um gato.

Talvez seja essa a resposta para a queda sempre menina.

Descobri a linha vermelha.

Eu deveria ter caído há dezoito anos.

"Se a tivesse trazido um dia mais tarde, ela teria morrido".

Prosseguirei, sim, mais tarde, quando tiver decifrado o que me cifraste.

publicado por Ligeia Noire às 00:14

16
Nov 11

 


Hoje, percebi que nunca vou ter quem me saiba navegar os olhos.


Os quem fora do amor de sangue me tocaram o coração, durante anos, são agora momentos no tempo,


percorremos caminhos distintos, o caminho que eles escolheram já não os deixa verem-me.


As coisas que me atingem são agora coisas difusas para os seus sentidos.


Gostei das pessoas que eles eram.


Todos os outros não passaram de desapontamentos.


Alguns, em dias, já me não diziam nada, os outros, os outros, confesso ter querido com muita força que me fossem alguma coisa, que fizessem sentido mas não foram precisos muitos meses para lhes ver a distância nos olhos.


Não gosto deles.


É assim.


E chego agora, aqui, a este planalto e sinto o vento nas pernas e a mão esquerda a doer-me e dormente, não sei.


Sinto a mesma vontade de chorar e tenho medo que as costelas se adelgacem e não me deixem respirar.


Não choro, tenho medo.


E vejo tudo e tudo me faz querer chorar, como se presenciasse o mundo acorcovado e cheio de buracos,


num coração muito grande, o qual não me cabe nas mãos, a caminhar e a caminhar e quanto mais o mundo caminha, mais lanhos e feridas lhe nascem na casca.


Vejo tudo isto moribundo, negro, aleijado, esfomeado, rasgado, com fome e sem pai, ou mãe que lhes possa


agarrar a mão e ajudar a atravessar o rio das almas que é feito de breu.


É tudo tão fundo, tão negro, tão escarpado e precipitado e sinto náuseas e vertigens e medo, muito medo.


Sei.


Sei Supremo, ah sei...


Chego aqui, onde a queda impera, e vejo-me isolada.


Tantas vezes disse todas estas palavras, tantas vezes disse todas estas palavras em ordens diferentes, com intensidades diferentes, em caixinhas diferentes mas todo este amontoado de coisas que urgia ser cuspido, nada mais foi, é, e será, sempre, espelhos e mais espelhos do que jamais conseguirei atravessar.


Estou cansada, estou cansada lê, tu.


Lê.


Cansada de que falem e eu não sinta nada.


Cansada de querer não ser e, principalmente, não sentir.

publicado por Ligeia Noire às 00:42
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10
Nov 11


Quero ir para casa, quero mesmo muito ir para casa.

O bem que me faz estar, simplesmente, sentada à lareira com a gata ao colo e os gatos a subirem pelas pernas da mesa.

Não ter espaço para me chorar, para poder agasalhar-me, é, simplesmente, desumano.

Já não me reconheço, começo a achar que comporto toda a gente porque na realidade não gosto de ninguém.

Quero abrir os ouriços verdes com os meus sapatos velhos e guardar as castanhas nos bolsos da minha mãe.

Quero estar nas caleiras, a aquecer o sangue ao sol da manhã e ver surgir o corpo velho do meu cão preto.

Quero ir para casa pai, quero ir para a minha casa velha de pedra, comer santieiros.

Hoje não há pele, carne, ou costelas que me protejam o coração.

Abro a camisa branca ao espelho e coloco-o na pedra de mármore, na pedra gelada.

Pobre coisa mirrada… anda vê-lo Supremo, desce e chora-o comigo.

Não tenho nada que seja teu comigo, sabes que gostaria de ter aquele rosário de prata fechado na mão para poder voltar a sonhar contigo.

Sinto que já não estás aqui, que foste embora e tenho medo, tenho saudades de subir para o teu colo branco.

À noite, quando chove e o vento sibila, é como se o rosário se materializasse e eu te sentisse à janela, pedindo permissão como os vampiros antigos.

Ser esta versão de mim arruína-me

Quando é que me levas contigo?  

publicado por Ligeia Noire às 22:06

01
Ago 11

 

Give me some kind of Heaven...

 

Quarto quieto de janelas não existentes.

Achas que consigo suster?

Começou por ser um suspiro na minha cabeça.

Um conjunto de frases de anseio para poder respirar melhor mas, às vezes, temos de ver para além do que o primeiro par de olhos alcança e, para lá dele, percebi que já o sabíamos antes de o sermos sequer.

Percebi que estou a chegar lá, estou quase.

Nesta intermitência de sendas, chega-me aos pés o ímpeto finalmente humanizado.

Prossigo através da escadaria industrial onde o comboio siberiano me esperou desde sempre.

Abrir o meu caminho, o meu caminho… abandonar os carreiros e seguir, seguir sabendo que não posso volver, não posso levar ninguém por protector, nem quero.

Sou a minha filha negra, minha e indomesticável.

Os carreiros fizeram-me calosa e, agora sei, agora posso abrir os portões do Inferno e sorrir-te.

Hoje percebi que tu não és o meu salvador, eu não preciso de ser salva por ninguém.

É a ti e és tu.

Eu sou a tua Redentora e é isso que te atrai.

É a ti que a salvação vestirá de púrpura, és tu que precisas de ser resgatado.

És tu que precisas da água que corre no rio que atravesso todas as noites.

Agora percebo a fascinação sem precedentes, a leveza, o conhecimento para além do tempo.

O encontro a horas da alma, o sangue que faltou brotar.

Diz-me Supremo, na forma que entenderes, se estou certa… diz-me se ele é filho da lua, fala-me na tua língua, fala-me ao coração e eu entender-te-ei.

And I feel some kind of Heaven... 

publicado por Ligeia Noire às 19:51

14
Jul 11


Gostava de dizer que és o tudo do meu nada mas chego à conclusão de que o meu nada não te acha o seu tudo.

O que é que poderia ter sido?

Talvez, se acabar com este resto, saiba ou melhor, consiga, transportar-me para "o tudo que poderia ter sido"… e esse "tudo que poderia ter sido", só poderia ter sido, se esta passagem fosse outra e se este tempo fosse, também ele, outro.

Às vezes, sinto que se ficar parada e entrar demasiado dentro de tudo aquilo que sou, a garganta se vai estreitar e o peito comprimir.

Assim, como, naquelas vezes em que me desvairo com a minha respiração e deixo de conseguir engolir e tudo parece convergir-me.

Tenho medo de dar razão à rapariga que eu era, essa rapariga que sabia que sonhar com pingentes de gelo só lhe traria desgraças.

Tenho passado algum tempo com a rudeza ao pescoço porque não consigo escrever, não consigo escrever o que me lacra e aleija mas agora acho que percebi, tenho de deixar fluir, abrir os ventrículos e, por conseguinte, as aurículas cederão e tudo sairá, devagarinho, como o vinho que caía da pipa grande na caneca.

Agora, que já não estou no epicentro do tumulto, que tudo se acamou, esperava abrir o sorriso e poder dormir, voltar… mas tudo em mim caiu tão fundo, assim como se tivesse deixado cair o meu coração a um poço e dele se soltasse, apenas, um baque lamacento.

Agora, que posso descansar e colher flores, desceu em mim tamanha tristeza que... ah Supremo... ela caiu tão pesadamente em mim, como se eu fosse aquele poço fundo, fazendo ricochete em todos estes ossos.

Preciso tanto de ti, preciso tanto de ti.

Provaste-me que não te afastaste mas é que, às vezes, precisava de que estivesses no mesmo chão que eu, para poder enrolar-me no teu colo.

Todos eles, os meus queridos, todos eles, poucos e raros, de quem ultimamente tenho falado, estão comigo, estão mesmo... mas continuo na mesma, regada de melancolia, como se o buraco nunca se fechasse.

Então, encho-me de anseio e vontade deles, com eles mas nunca me é suficiente.

Há sempre fome, uma fome além-túmulo, uma fome que me obceca pela revelação e, quando tudo se enche de sol e olhos turvos, percebo que tal coisa não existe, não para mim.

É-me impossível amar alguém de corpo e alma.

Amar é ter uma arma na têmpora e pensar neles e não em nós, amar é fechar os olhos e deixarmo-nos cair seguros.

Amar deve predicar-se de muitas coisas, coisas que se relacionam com extremos, coisas que só sinto pelos que tu sabes, pelo amor de sangue.

No entanto, estranhamente, tenho uma fascinação e uma idolatria desmedida pelo amor romântico, pelo raro fenómeno de conseguirmos amar alguém fora do círculo de sangue, da mesma forma como amas aqueles que te partilham as feições.

Não creio que isso exista.

Conheço as paixões extremas mas depois... depois tudo cansa, tudo se extingue ou então, talvez, tu que tento refazer com o meu Frankenstein tenhas realmente existido.

Faço força, tento, choro e sofro para fazer-me crer que também sinto mas a mim me engano, é-me tudo estranho, todos são antigénios.

Espero cansar-me depressa, desta tentativa de me provar errada e, espero sonhar contigo Supremo, tenho saudades da antecâmara.

A realidade é que vim a este mundo com a sensação de que quero alguém que aqui não cabe, sofro esta constante inquietude, esta saudade desmedida, esta nostalgia que me rebenta o corpo e que me empola a alma por criatura que se me esconde noutra senda.

Injecto-me com ela e fico prostrada de lágrimas quentes a caírem-me pelo pescoço.

Se o amor existe, esse amor eterno e que não se coaduna com o mundano, então existe solitário em mim, mono, decepado e viúvo porque aqui, nada me encontra que me satisfaça, que me aparelhe, que me restitua o miolo, que levante o véu negro dos olhos vazios.

publicado por Ligeia Noire às 02:01

06
Jun 11


Salvé Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salvé.

A Vós bradamos, os degredados filhos de Eva, a Vós suspiramos gemendo e chorando neste vale de lágrimas.

Eia, pois, Advogada nossa, esses Vossos olhos, misericordiosos a nós volvei.

E, depois deste desterro nos mostrai Jesus, bendito fruto do Vosso ventre.

Ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria, Rogai por nós Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Ámen.


Não há nada mais gótico (primeira vez que utilizo a palavra neste caderno) do que o Cristianismo.

O filho que veio à Terra prossegue cravado na madeira.

Pregado de mãos e pés.

Rosto baixo e braços que ascendem até nós.

O sagrado, as oferendas, o altar, o sangue de um homem que se deixou martirizar por amor.

A trindade que se consubstancia.

O vinho, o cálice, as vestes majestosas da celebração, as velas, os rosários, o silêncio.

A beleza, que se entregou às mãos de Miguel Ângelo ao conceber a Pietà.

A mulher, mãe e senhora que segura o filho morto nos braços.

O filho morto.

Cristo de S.João da Cruz de Salvador Dalí, o homem crucificado sem rosto, o céu, a unidade, nós lá em baixo,

sozinhos, órfãos.

A Divina Comédia de Dante:

Inferno, Purgatório, Paraíso.

Paraíso, Purgatório, Inferno.

Os caminhos e os entre-caminhos, o limbo, o escuro, por onde ir, aonde chegar, a finalidade és sempre tu.

Bach, Bach, Bach Magnificat!

Ave Maria de Schubert, lembro-me de a ouvir pela primeira vez na igreja, pela voz de uma soprano que cantava em memória de um rapaz que morreu num acidente.

A mãe dele chorava.

A beleza que amansa o trágico e que permite as lágrimas.

O Réquiem de Mozart, como inserir aqui letras que formem palavras que aperfeiçoem… repouso eterno, carne, luz perpétua… piedade, tende piedade de nós, pobres filhos órfãos, pequenos e sozinhos.

O Paraíso Perdido de John Milton, Lúcifer filho, Cristo filho, nós pobres filhos órfãos, redenção na queda.

Estrela-da-manhã que te rebelaste e caíste, caíste tanto que estás agora aqui, a equilibrar o mundo que pisamos até ao dia último.

E os Nefilins, os cavaleiros dos céus, dos caídos, filhos de anjos que amaram as filhas dos homens, será que se soubesse falar enoquiano me ouviriam?

E a casa dos mortos?

De anjos de pedra feita, de flores mortas decorada, de círios e cruzes e noite e silêncio e choro e dor e partida e descanso final e esperança última para aqueles que sabem esperar.

A Virgem, a Dama branca, Maria, filha dos montes e das águas, pagã, a mãe de todos, o regaço, a mulher que segura o filho morto nos braços.

E tu?

Quem és tu que moldaram e induziram em catecismos a seu bel-prazer?

O verbo consubstanciado carne, o amor incondicional, a liberdade, a mesa onde partiste o pão e seguraste o cálice, a premissa de amor eterno.

Tu, que empregamos como limite para lermos o tempo

Tu, que ensinaste os Homens a lavar pés cansados.

Tu, que escreveste no chão, tu que chamaste as crianças, tu que calaste as pedras e fizeste falar a prostituta. Tu, que te deixaste beijar pelo filho errante, tu que pregaram à madeira, tu que sangraste.

Tu, filho, que soubeste o que é ter sangue nas veias, ossos que doem e lágrimas que corroem como ratazanas.

Tu, que bradaste aos céus:

Pai, pai por que me abandonaste?

Tu que principiaste a aliança e que foste embora para nunca mais voltar…

Tu, que vieste não sei de onde e que os Homens educaram, disfarçaram, destruíram e reconstruíram sob outros nomes, noutros ritos.

Tu, que desenhámos à nossa semelhança.

Tu, que és nós.

Tive um amigo, esse amigo é catequista, ele gosta de ensinar crianças e gosta de ser educado.

A minha irmã vai fazer o Crisma… São leis dos homens, existes? Gostas delas?

A minha mãe foi catequista, o meu pai era membro do grupo coral.

Não vamos à missa muitas vezes mas, quando vamos, ouço-os entoar os cânticos como se tivessem vinte anos, cânticos embelezados com o som do piano levezinho.

O padre que me baptizou e me ensinou continua lá, as crianças continuam a achar aborrecido, há pessoas que continuam a olhar para as roupas do vizinho e, as eternas senhoras de longos anos sempre de negro, já não têm medo da morte, pelo menos dizem-no assim, mas quando olhamos com cuidado, para os seus olhos de muitos anos, vemos que não querem ir, querem abraçar os netos mais um bocado e ouvir o que nunca ouviram dos filhos.

E é assim que prosseguimos, pé ante pé, acordamos, lavamos o rosto, mochila às costas, ou enxada na mão.

Professor que ensina, ou saco de cimento que pesa.

Homem que trespassa as costelas de outro, ou mulher que colhe flores.

Fogo que consome arvoredos ou chuva que dizima gentes.

É assim que prosseguimos, daqui, para ali e dali para um outro qualquer sítio, sem memórias do mundo a que pertencemos primeiro, sem conhecimento daquilo que está para lá do mármore frio ou do lume que crema.

Dizem coisas todos os dias, dizem coisas todos os dias.

Nada que importe, nada que faça chuva.

Assim é.


publicado por Ligeia Noire às 23:20
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